ATA DA CENTÉSIMA SEXTA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO
LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA TERCEIRA LEGISLATURA, EM 09-12-2004.
Aos nove dias do mês de dezembro de dois mil e
quatro, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a
segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores Aldacir
Oliboni, Cassiá Carpes, Cláudio Sebenelo, Elias Vidal, Ervino Besson, Guilherme
Barbosa, Haroldo de Souza, Helena Bonumá, João Antonio Dib, João Carlos Nedel,
Margarete Moraes, Maria Celeste, Mário Fraga, Pedro Américo Leal e Renato
Guimarães. Ainda,
durante a Sessão, compareceram os Vereadores Almerindo
Filho, Beto Moesch, Carlos Pestana, Clênia Maranhão, Elói Guimarães, Gerson
Almeida, Isaac Ainhorn, João Bosco Vaz, Luiz Braz, Maristela Maffei, Nereu
D'Avila, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Sofia Cavedon,
Valdir Caetano e Wilton Araújo. Constatada a existência de quórum, o Senhor
Presidente declarou abertos os trabalhos e determinou a distribuição em avulsos
de cópias das Atas da Nonagésima Nona, Centésima e Centésima Primeira Sessões
Ordinárias, que foram aprovadas. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador
Cláudio Sebenelo, os Pedidos de Providências nos 2240, 2241 e
2242/04 (Processos nos 5659, 5660 e 5681/04, respectivamente); pelo
Vereador João Carlos Nedel, o Projeto de Lei do Legislativo nº 236/04 (Processo
nº 5682/04); pelo Vereador Professor Garcia, o Pedido de Providências nº
2243/04 (Processo nº 5684/04). Também, foi apregoado o Ofício nº 465/04, do
Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre, encaminhando Mensagem Retificativa
ao Projeto de Lei do Executivo nº 056/04 (Processo nº 5519/04). Do EXPEDIENTE,
constaram os Ofícios nos 256266, 256287, 293518, 294002, 295883 e
297180/04, do Senhor Arionaldo Bonfim Rosendo, Diretor-Executivo do Fundo
Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. A seguir, constatada a existência de
quórum, foi aprovado Requerimento verbal de autoria da Vereadora Maria Celeste,
solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente Sessão. Em PAUTA,
Discussão Preliminar, esteve, em 1ª Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo nº
230/04, discutido pelos Vereadores João Antonio Dib, Guilherme Babosa, João
Carlos Nedel, Renato Guimarães e Maria Celeste. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o
Vereador Cassiá Carpes discorreu sobre o Projeto de Lei do Executivo nº 057/04,
declarando que a aprovação desse Projeto é resultado de movimento por moradia
empreendido há mais de dois anos por famílias carentes que ocuparam imóvel na
Rua Atílio Supertti. Nesse sentido, salientou a importância da atuação conjunta
dos Governos Federal, Estadual e Municipal para que sejam efetivamente
melhoradas as condições de vida da população brasileira. O Vereador Mário Fraga
reportou-se ao pronunciamento de hoje do Vereador Cassiá Carpes, acerca da
mobilização da comunidade da Rua Atílio Supertti, na busca da aprovação do
Projeto de Lei do Executivo nº 057/04. Também, manifestou-se quanto aos Processos
em tramitação na Casa neste final de Legislatura, tecendo considerações sobre o
Projeto de Lei do Executivo nº 056/04, que autoriza a abertura de créditos adicionais
nos Poderes Executivo e Legislativo Municipais. O Vereador Sebastião Melo
registrou a realização, no dia treze de dezembro do corrente, pela Comissão de
Saúde e Meio Ambiente, de debate acerca da dívida dos Hospitais Vila Nova,
Beneficência Portuguesa e outros junto ao Instituto Nacional do Seguro Social.
Ainda, destacou que essa reunião contará com a presença de Deputados Federais
gaúchos e buscará soluções que viabilizem o pagamento dessas dívidas previdenciárias
e a continuidade dos serviços prestados por essas instituições. O Vereador
Cláudio Sebenelo afirmou que os hospitais que prestam atendimento público de saúde
em Porto Alegre estão atravessando uma crise institucional seriíssima, tecendo
críticas à gestão do Governo Municipal nessa área. Sobre o assunto, lembrou
Requerimento de sua autoria, aprovado por este Legislativo em dois mil e três,
de constituição de Comissão Parlamentar de Inquérito para averiguar irregularidades
nos serviços prestados pelo Sistema Único de Saúde – SUS. O Vereador Gerson
Almeida reportou-se à complexidade de administração do sistema público de saúde
brasileiro, exemplificando com o caso do Hospital Vila Nova, de Porto Alegre,
que sofreu problemas de endividamento e má gestão dos recursos recebidos do
Governo. Ainda, elogiou a participação desta Câmara Municipal na liberação de
sessenta milhões de reais pelo Governo Federal para as obras de ampliação do
Aeroporto Internacional Salgado Filho. O Vereador João Antonio Dib comentou os
benefícios que advirão para o Estado, em função da ampliação do Aeroporto
Internacional Salgado Filho. Também, discorreu a respeito da relevância dos
serviços prestados pelo Hospital da Associação dos Funcionários Municipais e
protestou contra Mensagem Retificativa enviada a esta Casa pelo Senhor Prefeito
Municipal, com o intuito de aprovar a liberação de recursos para pagamento do
funcionalismo público em dezembro. A seguir, constatada a existência de quórum,
foi iniciada a ORDEM DO DIA e a Vereadora Maria Celeste formulou Requerimento
verbal, solicitando a suspensão dos trabalhos da presente Sessão. Às quinze
horas e trinta e dois minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos,
sendo retomados às quinze horas e cinqüenta minutos, constatada a existência de
quórum. Em prosseguimento, foi aprovado Requerimento verbal de autoria do
Vereador Wilton Araújo, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria
constante na Ordem do Dia. Foi aprovado Requerimento de autoria do Vereador
Renato Guimarães, solicitando que as Mensagens Retificativas nos 01
e 02, apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 056/04 (Processo nº 5519/04),
fossem dispensadas do envio à apreciação de Comissões Permanentes. Em Discussão
Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 056/04, com ressalva
das Mensagens Retificativas a ele apostas, após ser discutido pelos Vereadores
Reginaldo Pujol, Carlos Pestana, Luiz Braz, Elói Guimarães e Professor Garcia e
encaminhado à votação pela Vereadora Clênia Maranhão e pelo Vereador Mário
Fraga. Foram aprovadas as Mensagens Retificativas nos 01 e 02,
apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 056/04. Em Votação, foi aprovado o Projeto
de Lei Complementar do Legislativo nº 008/03, com ressalva das Emendas a ele
apostas, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores Luiz Braz, Guilherme
Barbosa, Beto Moesch e Reginaldo Pujol. Foram aprovadas as Emendas nos
02, 03, 04 e 05 apostas ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº
008/03. Na ocasião, por solicitações dos Vereadores Renato Guimarães e Luiz
Braz, foi realizada, respectivamente, a leitura das Emendas nos 03 e
06 apostas ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 008/03. Também, a
Senhora Presidenta registrou a realização, nesta Casa, do Seminário
“Comunicação e o Legislativo Municipal”, promovido pela Associação dos
Servidores de Câmaras Municipais do Rio Grande do Sul – ASCAM/RS. Foi rejeitada
a Emenda nº 06 aposta ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 008/03,
por dois votos SIM e dezoito votos NÃO, após ser encaminhada à votação pelos
Vereadores Professor Garcia, Luiz Braz e Guilherme Barbosa, em votação nominal
solicitada pelo Vereador Cassiá Carpes, tendo votado Sim os Vereadores
Professor Garcia e Renato Guimarães e Não os Vereadores Aldacir Oliboni, Beto
Moesch, Cassiá Carpes, Cláudio Sebenelo, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino
Besson, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Isaac Ainhorn, João Antonio Dib, João
Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Maria Celeste, Mário Fraga, Pedro
Américo Leal e Wilton Araújo. Em Votação, foram aprovados o Projeto de Lei
Complementar do Legislativo nº 012/04, a Emenda nº 01 e a Subemenda nº 01
aposta à Emenda nº 01, referentes a esse Projeto. Foi apregoado Requerimento de
autoria do Vereador Cláudio Sebenelo, deferido pela Senhora Presidenta, solicitando
votação em destaque para o § 5º do artigo 8º proposto pelo artigo 1º do Projeto
de Lei do Legislativo nº 076/04. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o
Projeto de Lei do Legislativo nº 076/04, com ressalva das Emendas, Subemenda e
destaque a ele apostos, por quinze votos SIM, um voto NÃO e duas ABSTENÇÕES, em
votação nominal solicitada pelo Vereador João Antonio Dib, tendo votado Sim os
Vereadores Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Cassiá Carpes, Cláudio Sebenelo, Elói
Guimarães, Ervino Besson, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Isaac Ainhorn, João
Bosco Vaz, Maria Celeste, Mário Fraga, Nereu D'Avila, Reginaldo Pujol e Renato
Guimarães, Não o Vereador João Antonio Dib e tendo optado pela Abstenção os Vereadores
João Carlos Nedel e Pedro Américo Leal. Na
ocasião, em face de Questão de Ordem formulada pela Vereadora Maria Celeste, a
Senhora Presidenta prestou informações acerca da votação do Projeto de Lei do
Legislativo nº 076/04. Foi votado destacadamente e rejeitado o § 5º do
artigo 8º proposto pelo artigo 1º do Projeto de Lei do Legislativo nº 076/04,
por dezessete votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, em verificação de votação solicitada
pelo Vereador João Antonio Dib, após ter sido rejeitado em sua votação
simbólica, tendo votado Não os Vereadores Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Cassiá
Carpes, Cláudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino
Besson, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Isaac Ainhorn, João Bosco Vaz, Luiz
Braz, Maria Celeste, Pedro Américo Leal, Reginaldo Pujol e Renato Guimarães e
tendo optado pela Abstenção o Vereador João Antonio Dib. Na ocasião, a Senhora
Presidenta declarou prejudicada a Emenda nº 03, aposta ao Projeto de Lei
Legislativo nº 076/04, em razão da rejeição o § 5ºdo artigo 8º proposto pelo
artigo 1º do Projeto de Lei do Legislativo nº 076/04. Foram aprovadas as
Emendas nº 01 e 02, apostas ao Projeto de Lei do Legislativo nº 076/04. Foi
rejeitada a Subemenda nº 01 à Emenda nº 02, aposta ao Projeto de Lei do Legislativo
nº 076/04, por seis votos SIM, onze votos NÃO e duas ABSTENÇÕES, em votação
nominal solicitada pelo Vereador Beto Moesch, tendo votado Sim os Vereadores
Ervino Besson, Isaac Ainhorn, João Bosco Vaz, Luiz Braz, Mário Fraga e
Reginaldo Pujol, Não os Vereadores Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Cassiá Carpes,
Elias Vidal, Elói Guimarães, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, João Antonio
Dib, João Carlos Nedel, Maria Celeste e Pedro Américo Leal e tendo optado pela
Abstenção a Vereadora Clênia Maranhão e o Vereador Wilton Araújo. Foi aprovada
a Emenda nº 04, aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 076/04. Após, foi
aprovado Requerimento verbal de autoria da Vereadora Maria Celeste, solicitando
alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Em
Discussão Geral e Votação, foram aprovados o Projeto de Lei do Legislativo nº
048/04 e as Emendas nos 01, 02, 04, 05 e 06 a ele apostas. Na
ocasião, a Senhora Presidenta declarou prejudicada a Emenda nº 03, aposta ao
Projeto de Lei Legislativo nº 048/04, em razão da aprovação da Emenda nº 01 do
referido Projeto. Foi aprovado Requerimento de autoria do Vereador Elias Vidal,
solicitando que a Subemenda nº 01 à Emenda nº 01, aposta ao Projeto de Lei
Legislativo nº 058/03 (Processo nº 1696/04), fosse dispensada do envio à apreciação
de Comissões Permanentes. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto
de Lei do Legislativo nº 058/03. Na oportunidade, o Vereador João Carlos Nedel
manifestou-se acerca do teor do Projeto de Lei do Legislativo nº 058/03. Às
dezessete horas e quarenta e quatro minutos, os trabalhos foram regimentalmente
suspensos, sendo retomados às dezessete horas e quarenta e cinco minutos,
constatada a existência de quórum. Após, foram aprovadas a Emenda nº 01 e a
Subemenda nº 01 à Emenda nº 01, apostas ao Projeto de Lei do Legislativo nº
058/03. Às dezessete horas e quarenta e sete minutos, constatada a inexistência
de quórum, a Senhora Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando os
Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima segunda-feira, à hora
regimental. Os trabalhos foram presididos pela Vereadora Margarete Moraes e
pelos Vereadores Elói Guimarães e Ervino Besson e secretariados pelo Vereador
João Carlos Nedel. Do que eu, João Carlos Nedel, 1º Secretário, determinei
fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será
assinada por mim e pela Senhora Presidenta.
A SRA. MARIA
CELESTE (Requerimento): Srª Presidenta, consultados os Vereadores sobre o
período de Comunicações, sugerimos que possa ser antecipado o período de Pauta
neste momento, para podermos agilizar os trabalhos desta tarde e logo entrarmos
na Ordem do Dia.
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): Agradeço à Verª Maria Celeste.
Em votação o Requerimento apresentado pela Verª
Maria Celeste solicitando que passemos, de imediato, ao período de discussão de
Pauta. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, com voto contrário do Ver.
Cláudio Sebenelo.
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1.ª SESSÃO
PROC. N.º 5490/04 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 230/04, de autoria do
Ver. Luiz Braz, que institui o programa social Frente de Trabalho Voluntário
nas comunidades do Município, mediante cadastro de famílias carentes que tenham
pelo menos um membro desempregado há mais de seis meses; cria um fundo de
assistência a ser gerido e administrado pelo órgão competente do Município, com
recursos oriundos de parcerias e convênios com a iniciativa privada e outras
verbas públicas destinadas a esse fim.
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Srª
Presidenta, Verª Margarete Moraes; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras,
minhas senhoras e meus senhores, eu sempre tenho afirmado nesta tribuna que os
nossos problemas não se resumem à falta de leis. Leis nós temos em demasia,
faltam pessoas, políticos, Executivos que cumpram as leis; nós temos muitas
leis mesmo.
Hoje o Ver. Luiz Braz apresenta um Projeto de Lei
que pretende instituir o programa social Frente de Trabalho Voluntário nas
comunidades do Município, mediante cadastro de famílias carentes que tenham
pelo menos um membro desempregado há mais de seis meses; cria um fundo de
assistência a ser gerido e administrado pelo órgão competente do Município, com
recursos oriundos de parcerias e convênios com a iniciativa privada e outras
verbas públicas destinadas a esse fim. Este, na realidade, é mais um Projeto de
Lei, sim, até existem leis semelhantes no próprio Município, apenas não são
cumpridas, os Prefeitos baixaram decretos provavelmente em sessões em que
chamaram bastante gente da comunidade para dar a impressão de que a coisa ia
ser resolvida. O que pretende agora
o Ver. Luiz Braz é dar um pouco mais de dignidade ou até dar dignidade - porque
aqueles que têm fome receberão comida -, dar àqueles que não têm remédio o
consolo de receber remédio, enquanto os empregos não acontecem, enquanto os
empregos são promessas, e, como eu disse, o nosso problema não é fazer mais uma
lei.
Mas eu gostaria - e acho que a Pauta é um momento
muito importante - que os meus ilustrados colegas, inclusive os que assumirão a
Câmara Municipal, já que nós não vamos votar esta matéria nesta Legislatura,
que se encerra quarta-feira, fizessem uma reflexão sobre a Exposição de Motivos
do Ver. Luiz Braz (Lê.): “O problema do desemprego” - diz ele - “cresce na
mesma razão em que se moderniza o parque industrial e se criam novas técnicas
para produção e distribuição de riquezas. Não cabe a este Projeto a missão de
discutir com profundidade essa regra cruel que faz um pequeno setor da
sociedade aumentar seu poderio, enquanto a grande maioria do nosso povo passa
necessidades. Nosso afã é minorar sofrimentos e levar para as comunidades mais
carentes ajuda, para que não morram de fome, em troca de uma ajuda de trabalho
digno dentro da própria comunidade”. Eu acho que, com relação a essa frase,
caberia uma reflexão muito grande.
Se não me engano, o jornal Zero Hora de hoje
publica que mais de um bilhão e meio de pessoas neste mundo, que tem mais de
seis bilhões de habitantes, vive com uma renda diária de até dois dólares, e a
metade dessas pessoas tem uma renda diária de até um dólar, ou seja, um salário
mensal de noventa reais. O mundo realmente precisa de reflexão. A maioria dos
que nos procuram nos gabinetes querem emprego, querem trabalho, e nós não temos
como fazer, nós não temos como atender e ficamos sofrendo junto com eles. Pelo
menos, se nós tivermos sensibilidade, nós sofremos, alguns podem até não sofrer
- a sensibilidade faz com que se sofra.
Então, eu disse que pode o Projeto não ser bom, nem
analisei o Projeto, disse que há leis semelhantes no Município que devem ter
sido sancionadas festivamente, mas cabe uma reflexão profunda só nesse
parágrafo que eu li, e ainda teria mais para ler, porque, realmente, o
desemprego é o maior problema, mais do que a falta de segurança, mais do que a
falta de saúde, que nós reclamamos tanto; o desemprego é maior do que tudo
isso. A maioria dos que nos procuram nos nossos gabinetes o que querem?
Trabalho, emprego, dignidade. E eu acho que essa reflexão trará a cada um de
nós uma oportunidade de pensar nos nossos semelhantes. Não devemos apenas fazer
mais leis, porque, se for para fazer leis, os políticos diriam que os Dez
Mandamentos - as leis de Deus - são quinze, ou seja, os seguintes se enumeram
até dezesseis. Saúde e PAZ!
(Não revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete
Moraes): O
Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR.
GUILHERME BARBOSA: Srª Presidenta, colega Verª Margarete Moraes;
demais Vereadores, Vereadoras, pessoas que nos acompanham, este é o único
Projeto em Pauta nesta Sessão, é um Projeto muito importante de autoria do Ver.
Luiz Braz. Tem o seu centro focado na necessidade de trabalho de muita gente.
Sabemos nós que há um número muito grande de pessoas desempregadas, apesar de
que, atualmente, nós temos visto que, a cada mês, o desemprego diminui no
Brasil inteiro, assim como em nossa Cidade. O Projeto, então, pretende que
pessoas desempregadas há mais de seis meses venham prestar serviços para a
comunidade, para a sua comunidade, no entorno do lugar onde mora, serviços que
seriam de responsabilidade da Prefeitura, do Poder Público Municipal, questões
a ver com o lixo, com a drenagem da região e assim por diante.
É um Projeto que parte de uma preocupação grande,
social e por isso merece a nossa atenção. Apesar de estarmos tomando contato
com o Projeto agora, portanto acho que não se formou ainda a opinião sobre ele
na sua totalidade, na primeira leitura me chamaram a atenção alguns aspectos
que eu quero aqui colocar para o debate com os colegas Vereadores. E em todos
esses programas, esses Projetos, assim como em qualquer lei, um aspecto sempre
a ser considerado é o de como fazer o controle da aplicação da lei. E não está
colocada na redação apresentada a forma com que se controlaria a execução deste
Projeto e desse trabalho voluntário prestado pelas pessoas desempregadas. Um
outro aspecto também que me parece relevante é que não é suficiente haver uma
pessoa desempregada num determinado núcleo familiar, porque, às vezes, mesmo
nas vilas - quem anda na periferia sabe disso -, nós temos famílias que, em se
somando a remuneração das pessoas que compõem este grupo familiar, têm um
somatório de remuneração bastante razoável. Acho que devemos, se este Projeto
vier a ser transformado em lei, estabelecer um máximo de remuneração para o
grupo familiar, pois poderá não haver recurso suficiente - e isso é realidade
sempre em qualquer nível de governo - para atender a todas aquelas famílias que
tenham alguém desempregado neste período.
O outro aspecto é que nós - é importante colocar
isso na discussão - temos que ver exatamente qual o tipo de trabalho a ser
realizado. Um deles, citado no Projeto do Ver. Luiz Braz, é o trabalho com
relação ao saneamento básico. O saneamento básico é uma expressão antiga que se
refere principalmente ao abastecimento de água potável - seria difícil ter uma
situação dessa, num programa como esse - e ao tratamento do esgoto cloacal.
Bom, são trabalhos que já necessitam de um acompanhamento técnico expressivo,
porque senão nós estaríamos produzindo alguma coisa que não resultaria num
benefício real. Além disso, se é o caso do abastecimento de água tratada,
precisaria ter, inclusive, material para execução disso, que deveria vir,
acredito, do próprio Poder Publico Municipal. Aí nós temos que ver como
funciona essa questão na medida em que o Poder Público Municipal estaria
colocando recursos públicos através de materiais e de tubulações a executar por
uma pessoa desempregada. Nem todos têm conhecimento suficiente para executar
uma obra de qualidade. Portanto, são aspectos que quero colocar no debate.
Outras atividades, essas mais simples, seriam o
recolhimento do lixo, o encaminhamento adequado desses resíduos sólidos, a
capina, enfim, que são, sim, serviços mais simples, para os quais não é
necessária mão-de-obra mais qualificada. Portanto, o que eu estou querendo
dizer com isso, se este Projeto vir a se tornar lei, é que nós temos também que
limitar a abrangência do serviço a ser realizado por esses voluntários quando
eles estivessem desempregados.
Repito, há a necessidade de estabelecer o máximo na
renda familiar, a partir do qual as pessoas, desse teto para baixo, poderiam
entrar nesse programa; a forma de controle; o trabalho desses voluntários e a
limitação do tipo de trabalho para que não estejamos querendo ajudar pessoas
necessitadas, colocando fora o dinheiro do Executivo Municipal, que, vale
dizer, é o dinheiro da população no seu todo. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes; Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, também saúdo o jovem Vítor Nedel, que está no plenário,
assistindo-nos.
Eu queria, inicialmente, parabenizar o Ver. Luiz
Braz pela sensibilidade de trazer este Projeto à nossa Casa, instituindo o
programa social Frente de Trabalho Voluntário nas comunidades do Município,
mediante cadastro de famílias carentes que tenham pelo menos um membro
desempregado há mais de seis meses. Também este Projeto cria um fundo de
assistência a ser gerido e administrado pelo órgão competente do Município, com
recursos oriundos de parcerias e convênios com a iniciativa privada e outras
verbas públicas destinadas a esse fim.
Realmente, é um Projeto de grande sensibilidade
social, que vem ao encontro de milhares de desempregados na nossa Capital, que,
por força da diminuição do ritmo do desenvolvimento econômico, estão nessa
situação. Mais de cento e vinte mil empregos estão faltando em Porto Alegre.
Isso não contando com os que já desistiram de procurar emprego e que estão na
economia informal ou estão vivendo de parcos recursos oriundos de trabalho de
outros membros da família.
Hoje, pela manhã, eu estive na Vila Farrapos e vi
vários logradouros públicos necessitando de reparos, manutenção, de atendimento
do setor público, mas, lamentavelmente, o setor público também não pode atender
tudo, porque esta Cidade é muito grande, as necessidades são muitas. Mas eu vi,
numa das vinte e poucas praças que a Vila Farrapos tem - uma Vila muito bem
planejada no setor de lazer, no setor ambiental -, uma ou duas famílias
trabalhando para melhorar a praça, trabalhando voluntariamente, de graça,
fazendo força, pai e filho trabalhando com carrinho-de-mão, com uma enxada,
plantando, fazendo canteiros, transportando terra, isso voluntariamente.
Nós precisamos gerar empregos, precisamos gerar
oportunidade de renda, se não conseguimos, aceleradamente, gerar isso, que se
criem essas frentes de trabalho voluntário. Sim, é voluntário, mas com uma
certa remuneração para atendimento das necessidades básicas.
É um Projeto muito bem pensado pelo Ver. Luiz Braz
e, certamente, receberá o apoio desta Câmara e da comunidade, sem dúvida. Eu
quero cumprimentar, realmente, o Ver. Luiz Braz pela sensibilidade social, pela
sua elevada solidariedade; há muitos anos, o Vereador vem fazendo um trabalho
de solidariedade com o Show do Kilo, levando milhares de quilos para as
comunidades carentes, para as creches, para as entidades de benemerência. Nós
precisamos ser solidários.
Por exemplo, eu estou dando um apoio forte à
Fundação Monsenhor Severino Brum, que quer também fazer solidariedade. O Papa
já nos disse que a solidariedade é o novo nome da paz, é o novo nome do desenvolvimento,
e isso nós temos que exercer, fazer o exercício da solidariedade. Nesta época
de advento, e logo vem o Natal, que nós tenhamos a esperança de dias melhores.
E só teremos a oportunidade se fizermos gestos concretos de solidariedade. Há
uma historinha que diz que Deus nos colocou no mundo para sermos os seus
braços. Então, cabe a nós arregaçarmos as mangas e utilizarmos os braços para
ajudarmos nossos irmãos desafortunados. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Renato Guimarães está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. RENATO
GUIMARÃES: Srª Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, o Projeto
que está em Pauta, de autoria do Ver. Luiz Braz, reascende aqui na Câmara um
debate que já é antigo: as ditas frentes de trabalho. Este Projeto vai além do
debate das frentes de trabalho, porque, embutido, aparece a questão do trabalho
voluntário.
A questão que o Parlamento tem que discutir, e
centralmente discutir com os Vereadores da futura situação, é como este Projeto
- na realidade, ele é para além de uma lei que vá ter vida; não vai ser uma lei
morta - será executado pela Prefeitura. Porque da maneira como está escrito, se
no ano que vem essas frentes de trabalho organizarem mil trabalhadores na
Cidade, três meses depois da frente de trabalho operando, todos esses
trabalhadores vão poder pedir vínculo à Prefeitura. Porque, aqui, o que está se
chamando de trabalho voluntário é um trabalho com a chamada recompensa. A
pessoa que vai participar da frente de trabalho, chamada voluntária, entre
aspas, vai receber um benefício em contrapartida por isso. E esse benefício
pode ser caracterizado, na relação, como um vínculo empregatício.
A Administração pública, no passado, já se
defrontou com isso. O dito movimento do voluntariado teve, no passado, uma
reorientação dos seus rumos a partir desse problema, porque havia, Ver. Haroldo
de Souza, em vários lugares do Brasil, projetos de voluntariados que foram, na
realidade, transformados em projetos que vincularam as pessoas que eram
voluntárias aos órgãos públicos que estavam lá. O Projeto Amigos da Escola, por
exemplo, da Rede Globo, que se desenvolveu basicamente no Estado do Rio de
Janeiro, tem dezenas de ações trabalhistas de pessoas que, como voluntárias,
entraram para dentro das escolas, trabalharam e depois pediram vínculo com
essas escolas, com as Prefeituras, com o Governo do Estado, lá no Rio de
Janeiro. É algo que abre um debate importante. E tem ser feito de forma a não
trazer prejuízo para esses cidadãos que vão estar-se colocando à disposição do
Poder Público, não trazer prejuízo também à organização do Município. Acho que
esse é o debate que a gente tem que fazer.
Aqui na Prefeitura nós organizamos um tipo de
programa que articulava trabalho e geração de renda com prestação de serviço,
através de um convênio com entidades, em que as pessoas participaram de curso
na área da formação. Vou dar um exemplo, Ver. Pedro Américo Leal: fez-se um
curso em que a SMOV e outros setores da Prefeitura participaram, em que um
conjunto de cidadãos desempregados da Cidade reaprenderam a atividade do
calceteiro, que são pedreiros especializados em fazer calçadas. Com esse curso,
as pessoas puderam retornar esse serviço à comunidade, ganhando, a partir de
convênio com as entidades, um benefício, um subsídio para desenvolver tal
atividade. Buenas, ali o caminho foi
outro, foi o da parceria com entidades. Aqui - eu chamo a atenção do Ver. Luiz
Braz e dos futuros Vereadores da situação -, o que está sendo proposto é algo
que pode trazer um problema sério para a Prefeitura de Porto Alegre, no sentido
de que, se fizer uma frente de trabalho com dez mil trabalhadores, do jeito que
está colocado, esses trabalhadores, no futuro, vão poder buscar vínculo
empregatício com a Prefeitura de Porto Alegre; isso vai causar um problema, e é
necessário que a Câmara se posicione em relação a esse particular. Obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): Agradeço a manifestação do Ver. Renato Guimarães.
A Verª Maria Celeste está com a palavra para
discutir a Pauta.
A SRA. MARIA
CELESTE: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes; Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, o único Projeto hoje em Pauta é de autoria do Ver. Luiz Braz, que
institui o programa social Frente de Trabalho Voluntário nas comunidades do
Município, mediante cadastro de famílias carentes que tenham pelo menos um
membro desempregado há mais de seis meses. Eu gostaria de tecer algumas
considerações sobre este Projeto, uma vez que ele nos traz todas as questões
que o Ver. Renato Guimarães apontou muito bem aqui.
Quando li o Projeto, eu fiquei, de certa forma,
preocupada com a questão do voluntário, sobre o que significa realmente ser
voluntário ou estar - como diz o Projeto - criando uma frente de voluntariado,
visto que pressupõe a ele uma remuneração, criando de certa forma, mesmo que
com compensações em forma de cesta-básica, de alimentos, um vínculo
empregatício. E parece-me que é essa a essência do Projeto do Ver. Luiz Braz.
Mesmo com o mérito de tentar resolver um problema grave aqui na nossa Cidade,
um problema nacional extremamente grave - a questão do desemprego -, eu vejo
que, ao tentar resolver essa questão, nós vamos estar colocando na mão do
Executivo um problema muito maior, que é a questão do vínculo empregatício.
Muitas organizações não-governamentais sofrem com essa questão; muitas
entidades beneméritas da Cidade, como as creches comunitárias, por vezes são
colocadas numa situação dessas por terem entre seus quadros um trabalhador - ou
uma mulher trabalhadora - que faz um trabalho voluntário por um determinado
período e depois ingressa na Justiça contra essa entidade, porque se criou aí o
vínculo empregatício.
Então, nesse sentido, temos que pensar bem sobre
este Projeto. Ao tentar resolver um problema - com maior mérito - que o Ver.
Luiz Braz traz, falando inclusive na Lei Federal que institui o voluntariado no
País, nós estaremos, como Parlamentares, criando um outro problema,
principalmente para o Executivo. Também lembro que este Projeto, na realidade,
passa a ser um Projeto autorizativo, porque cria um outro fundo: autoriza o
Executivo a criar um fundo com doação do órgão público e também com doações das
entidades privadas da Cidade. Nós vamos promover uma outra discussão nesta Casa,
que é a discussão do gerenciamento entre os Poderes, a questão do Projeto
autorizativo da Câmara para o Executivo Municipal.
E queria também lembrar que, nesta Legislatura,
nesses quatro anos em que estamos aqui, se não me falha a memória, nós, do
Executivo Municipal, encaminhamos um Projeto regulamentando essa questão da Lei
Federal, na questão do voluntariado na cidade de Porto Alegre. Não com essa
possibilidade de ajuda de custo, mas trazendo o que explicita a Lei Federal nº
9.608, de 18 de fevereiro de 1998, sobre o serviço voluntariado. O Executivo
Municipal colocou em pauta esse Projeto na Casa, e, se não me falha a memória,
foi o único Projeto do Executivo rejeitado por esta Casa em 2001. Então,
naquela época, nós já discutíamos a questão do voluntariado, e os Vereadores e
Vereadoras que aqui estavam rejeitaram esse Projeto do Executivo, achando que
não poderia ser colocado em prática, aos moldes do que explicita a Lei Federal,
que é diferente do que traz o Ver. Luiz Braz aqui hoje. Até gostaria de saber,
agora, qual vai ser a nova posição dos Vereadores frente a este Projeto hoje em
Pauta.
Nessa questão da Assistência Social, eu quero aqui
lembrar que todas as iniciativas são válidas e também que o Governo do Estado,
em relação ao Município de Porto Alegre, tinha 1.600 quotas para as famílias
que integravam o Projeto Família Cidadã, e, quando o Governo Rigotto assumiu a
Secretaria da Assistência Social, Porto Alegre passou a receber apenas mil
quotas para o atendimento das crianças e dos adolescentes e dos desempregados
integrados ao Programa Família Cidadã.
Portanto, nós temos que ter muito cuidado quando
propomos iniciativas como esta, principalmente em relação ao voluntariado, como
nós votamos no passado, como nós votaremos agora, principalmente em relação a
projetos importantes que nós já temos na área da Assistência Social, na FASC,
projetos importantes para as famílias, a Família Cidadã, projetos como as
creches comunitárias, projetos como os do SASE, Ver. Ervino Besson, que atende
mais de cinco mil crianças na Cidade, no atendimento extraclasse. Como é que
nós vamos nos posicionar frente a tudo isso agora? Como é que o Executivo, o
novo Executivo vai se posicionar frente a todos esses Projetos que nós já temos
aqui, além dessa questão do voluntariado? Muito obrigada, Srª Presidente.
(Não revisto pela oradora.)
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Cassiá Carpes está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. CASSIÁ
CARPES: Srª Presidenta, Sras Vereadores, Srs. Vereadores, senhoras e
senhores, queria aproveitar este espaço da Liderança - até porque foi comentado
anteriormente pela Verª Maria Celeste - para falar sobre as parcerias. Ontem,
esta Casa apreciou e votou Projeto daquele pessoal que lutou bravamente para
conseguir uma área e teve uma grande parceria: a do Estado, do Município e da
União. E eu vejo, muitas vezes, que se fala muito em parceria com a iniciativa
privada, mas os Governos Municipal, Estadual e Federal fazem muito poucas
parcerias, muitas vezes, até pelo problema partidário, o que prejudica as
comunidades. A questão partidária atrapalha, muitas vezes, o desenvolvimento,
atrapalha as parcerias e, conseqüentemente, atrapalha o cidadão, que não vê nos
órgãos públicos - municipal, estadual e federal - uma correspondência legítima
das suas ansiedades pelos tributos que paga. Foi preciso uma comunidade, Ver.
Mário Fraga, se mobilizar fortemente, e quase todos os Vereadores estiveram
envolvidos na questão.
Eu me lembro de um caso em que a Brigada Militar
estava em frente daquele conjunto habitacional, e eu fui chamado lá, como
Presidente da Comissão de Direitos Humanos do Consumidor, e vi aquele pessoal
lutando, sendo afastado, foi necessária a pressão. Mas a pressão se sucedeu da
seguinte forma: o Município, sentindo que não tinha forças para resolver a
questão, pressionou o Governo do Estado, como se empurrassem para o Governo do
Estado a solução dos problemas do Município. Mas aquela comunidade sentiu e
pressionou também o Governo do Estado para comprar a área, colocando, ao mesmo
tempo, a responsabilidade de o Município fazer o Projeto e dar as condições
para aquela obra ser realizada futuramente. Aí, foi necessária, sim, uma grande
parceria do Estado, do Município e da União, e a Caixa Federal estava junto,
porque sem financiamento hoje não há condições de se fazer grandes
investimentos, ou até pequenos investimentos nessa área da habitação social, da
habitação mais barata.
Ontem nós soubemos que o Governo Federal já
concluiu um estudo constatando uma defasagem, ou um déficit habitacional, de
sete milhões de residências no País. Repito: existe um déficit habitacional de
sete milhões de residências no País! E só com parceria. Mas o que eu acho mais
engraçado é quando o Governo Municipal e o Governo Federal querem parcerias com
a iniciativa privada, Ver. Nereu D’Avila. Por que não fazem parcerias como
essa, seguidamente, na Saúde, na Habitação? E eu até me atrevo a perguntar:
será que, daqui a algum tempo, nós não teremos grandes parcerias na área
metropolitana, entre as Prefeituras, Ver. Nereu D’Avila? Será que não é
salutar? Será que não é importante, pelas peculiaridades das cidades que são
próximas a Porto Alegre, como Canoas, Gravataí? Até na área da Segurança, que o
Ver. Pedro Américo Leal conhece bem. Será que uma grande parceria na área da
Segurança entre todas as cidades próximas à Capital não nos ajudaria a ter uma
melhor segurança na nossa Região Metropolitana? São questões que têm de ser
levantadas em todos os aspectos.
E um detalhe muito importante, que é preciso expor,
já que o PT não falou: não precisou, Ver. Nereu e Ver. Mário Fraga, passar pelo
Orçamento Participativo. Porque as comunidades se mobilizaram, porque essa
comunidade lutou junto ao Governo do Estado, do Município, da Caixa Econômica
Federal, para a realização desse sonho de centenas de famílias! Isso prova que
nem tudo que passa pelo Orçamento Participativo é necessário! E tantas coisas
necessárias não precisam passar, também, pelo Orçamento Participativo! Depende
da mobilização. E a mobilização dessas comunidades foi importantíssima,
pressionando o Governo Municipal, que empurrou a questão para o Governo
Estadual, que lá, pressionado também, chegou a essa grande parceria. Isso é
possível! Tomara que as parcerias se dêem também não só entre a iniciativa
privada e os Governos, mas também entre os próprios Governos Municipal,
Estadual e Federal. Obrigado, Presidenta.
(Não revisto pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Mário Fraga está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. MÁRIO
FRAGA: Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, boa-tarde,
mais uma vez estamos aqui para falar em tempo de Liderança do nosso Partido, o
Partido Democrático Trabalhista. Quero pegar o fim da oratória do Ver. Cassiá
Carpes, que foi muito boa, que provou novamente que, quando as comunidades
estão unidas, se consegue muita coisa. Um exemplo disso é a comunidade da Rua
Atilio Supertti, que é uma comunidade da Zona Sul, sobre a qual a gente tem
conhecimento das causas, das conseqüências e dos fatos que aconteceram; a gente
sabe o quanto eles sofreram, mas também sabe o quanto foram vitoriosos ontem
nesta Casa. Mais uma vez, mesmo a comunidade não estando presente, eu dou os
parabéns a essa comunidade que lutou, que sensibilizou todos os Vereadores
desta Casa. Parabéns ao discurso do Ver. Cassiá Carpes, um Vereador que também
acompanhou aqueles movimentos.
Hoje, pela Liderança do PDT, nós vamos discutir
vários Projetos que estão neste Legislativo. Nós, do PDT, que vamos compor a
base de apoio do próximo Governo, estamos esperando a Liderança do PPS, através
do Ver. Wilton Araújo e da Verª Clênia Maranhão, para vermos quais os Projetos
que iremos votar e o que iremos decidir para o futuro da Cidade, haja vista que
a nova fase da Prefeitura, com o Prefeito eleito José Fogaça, pode ter
interesses que esta Administração não tem no momento. Em especial, vamos tratar
dessa verba que a Prefeitura Municipal de Porto Alegre está solicitando ao DMAE
no valor de 22 milhões de reais. Nesse Projeto, Srs. Vereadores, a
Administração Centralizada pagará a referida quantia ao DMAE. E diz assim: “...
em até quatro parcelas” - não diz se será em quatro, se será em duas, ou se
será em três - “sendo a primeira em 27-12-2004 no valor de 8 milhões”. Com
certeza, a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, para pagar 8 milhões no dia
27, Ver. João Antonio Dib, hoje não tendo dinheiro, está contando com o IPTU
que será pago nesta Cidade e que ficará fazendo falta para a administração José
Fogaça. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR.
SEBASTIÃO MELO: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes; meus colegas
Vereadores e colegas Vereadoras, a Comissão de Saúde, Ver. Cassiá, entre tantos
temas que tem tratado nesta Casa, criou um fórum permanente para tratar das
questões relativas ao Hospital Vila Nova e ao Hospital Beneficência Portuguesa.
Nós fizemos nesta Casa e no Hospital Vila Nova algumas reuniões, e já há algumas
diligências. Agora, nesta segunda-feira, no dia 13 - e eu quero inicialmente aproveitar esta fala para socializar e convidar
os meus colegas, minhas colegas -, aqui neste plenário, Ver. Sebenelo, às 10h,
a Bancada Federal gaúcha, a Bancada de Deputados liderada pelo Deputado Alceu
Collares, vai estar conosco, junto com a Comissão, e espero que com a maioria
dos Vereadores desta Casa, para que a gente possa tratar da questão do Hospital
Vila Nova e do Hospital Beneficência Portuguesa, os quais, hoje, nas condições
em que se encontram, estão inviabilizados.
Só para se ter uma idéia, o Hospital Vila Nova deve
ao INSS 21 milhões de reais; dívida esta, Ver. Sebenelo, que vem do início da
década de 80, acumuladas; e deve mais 5 ou 6 milhões à Receita Federal. O
Hospital Beneficência Portuguesa chega na casa dos 8 milhões, 10 milhões de
reais também ao INSS. Ora, os Governos da República - e eu poderia retornar ao
Fernando Henrique, ao Sarney, ao Itamar, ao Presidente Collor e, agora, ao
atual Presidente da República - todos eles, têm sido muito sensíveis quando se
trata dos interesses econômicos. Os Governos não têm tido dificuldade quando se
trata dos interesses dos grandes conglomerados econômicos, especialmente dos
bancos, têm tido sensibilidade para encontrar soluções. Se esses Governos têm
tido sensibilidade para esses setores, é urgente e necessário que o Governo da
República edite uma medida provisória alongando os prazos para pagamento das
dívidas dos hospitais.
O Hospital Vila Nova e o Hospital Beneficência
Portuguesa estão dentro de um contexto de centenas, milhares de hospitais
filantrópicos, e, no caso do Hospital Vila Nova, 97% do seu atendimento é feito
pelo Sistema Único de Saúde, ou seja, atende o cidadão que precisa, na região
sul, na qual é o único equipamento. Praticamente o único é o Hospital Vila
Nova! E o prazo máximo, hoje existente, para fazer o parcelamento, Ver.
Sebenelo, é sessenta meses; se pegarmos a dívida do Hospital, que fatura 700
mil reais por mês, e dividirmos em sessenta meses, ele deveria destinar 400 mil
reais mensais para pagamento. É evidente que não há condições!
Então, eu quero reforçar, convidar, a fim de que
possamos estar aqui maciçamente com a Bancada gaúcha para que façamos ecoar,
chegar ao Ministro da Saúde, ao Ministro da Previdência, ao Diretor-Geral do
INSS, ao Sr. Presidente da República um verdadeiro apelo para que o Governo
Federal, na sua extensão, possa produzir um Proer para a Saúde. Se o Governo
tem capacidade para produzir um Proer para a Energia, para bancos e para outras
áreas, tem de ter a grandeza de produzir o Proer da vida, da Saúde!
Tem de ser dito com muita clareza: acho que o
Hospital Vila Nova avançou muito. Hoje ele tem uma gestão moderna, que trabalha
com qualidade, com um controle muito rigoroso, tem o controle social, Ver.
Oliboni, lá, no seu dia-a-dia; isso deve ser feito, também, no Hospital
Beneficência Portuguesa. Agora, não se pode permitir que aconteçam, nesta
Cidade, coisas como esta que me informou o Ver. Haroldo de Souza: acabam de encaminhar
para a Comissão de Saúde o caso de uma menina de 30 dias que foi levada do
posto da Restinga, Hospital Santo Antônio, e estão dizendo que querem cinco,
seis meses para poder marcar uma cirurgia de hérnia numa criança de 30 dias.
Ora, numa Cidade em que essa tem sido uma dura e triste realidade, não há
nenhuma possibilidade de pensar em fechar equipamentos públicos como os
Hospitais Vila Nova e Beneficência Portuguesa. Estão todos convidados para esse
debate, na segunda-feira, às 10h, aqui no plenário. Muito obrigado, Srª
Presidenta.
(Não revisto pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Cláudio Sebenelo está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. CLÁUDIO
SEBENELO: Srª Presidenta, Srs. Vereadores, na mesma tecla do Ver. Sebastião Melo,
eu gostaria de chamar a atenção de todos os presentes, ilustres visitantes,
para que tivessem uma visão global do que está acontecendo na área da Saúde.
O Instituto de Cardiologia é, sem dúvida, uma das
maiores lideranças na sua especialidade, de renome mundial, orgulho da nossa
Cidade e do nosso Estado. Essa instituição passa por uma crise institucional
gravíssima, a ponto de os fornecedores começarem a cortar o fornecimento das
necessidades mais primárias. O Hospital da Sociedade Portuguesa de Beneficência
está também para fechar as suas portas devido à falência que o ameaça, já há
muitos meses, com atraso nas folhas de pagamento de vários meses, três meses, e
sem nenhuma condição de solucionar esse problema a curto prazo. O Hospital Vila
Nova é, indiscutivelmente, o grande hospital clínico da Zona Sul. Esse e o
Hospital Belém seguram umas das maiores barras sociais que Porto Alegre
enfrenta: a falta de leitos hospitalares. Chega-se à ironia e ao paradoxo de
existirem mais de duzentos leitos ociosos, que não funcionam por falta de
verbas, no Hospital Parque Belém. E há um pronto-socorro pronto - seria o
Pronto-Socorro Zona Sul - que não funciona. Já fecharam o Hospital Ipiranga por
ter sido adotado pela Universidade Luterana do Brasil, com todo o seu acervo
negativo de dívidas trabalhistas, que inclusive o inviabilizam. O Hospital
Lazarotto está inviabilizado pela dívida trabalhista. Foi fechado o Hospital da
Criança Santo Antônio, e o Hospital novo abriu no conjunto da Santa Casa.
Porto Alegre e o seu sistema de saúde não estão
mais agüentando esse déficit, e continuam apresentando um panorama
constrangedor nas emergências dos nossos hospitais. Não há mais lugar, os
hospitais se negam a atender, e os pacientes ficam fora do sistema, morrendo à
míngua, numa calamidade insuportável.
Depois de buscarmos as causas numa CPI, sobre a
qual a Bancada do Partido dos Trabalhadores sentou em cima, nós vamos, a cada
dia que passa, encontrando, em cada família de Porto Alegre, uma pessoa que não
tem direito a leito; que, quando consegue uma consulta, é com cartãozinho de
político. E principalmente a assistência médica passa a ser uma esmola.
Enquanto isso, a Medicina vai sendo "enfermeirizada”, e o País vai virando
as costas e ignorando um problema que só pode ser resolvido pelo Ministério da
Saúde, modificando a tabela do Sistema Único de Saúde. E, enquanto isso, por 56
milhões de dólares, o Presidente compra o seu avião presidencial.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Ervino Besson): Obrigado, Ver. Cláudio Sebenelo.
O Ver. Gerson Almeida está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. GERSON
ALMEIDA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Vereadoras, em primeiro lugar, eu
queria de forma rápida - já que não é este o tema que me faz vir à tribuna -
dizer que, de fato, a Saúde pública no Brasil, de modo geral, precisa ser, e
sempre é, um tema extremamente importante, especialmente pela existência de um
Sistema Único de Saúde, que é uma conquista de acesso universal à saúde.
Portanto, a convivência desse sistema com o outro sistema, o sistema privado, é
sempre uma convivência complexa, especialmente no que diz respeito a oferecer
uma qualidade adequada.
Agora, no caso específico do Hospital Vila Nova,
para citar um exemplo, todos nós acompanhamos na Câmara o processo de
desconstituição por incapacidade de gestão e o crescente endividamento que
aquele Hospital teve. E, convenhamos, entre outras contas, as contas do INSS,
cujos funcionários recolhiam religiosamente, e, agora, descobriu-se que aqueles
que recolhiam não tiveram os seus descontos repassados. Portanto, houve um
problema de gestão extremamente inadequado que fez com que depois um longo
processo, até de agonia do Hospital, esse estabelecimento passasse a funcionar
sob gestão dos trabalhadores. Agora, é claro, com um passivo extremamente
grande. E é bom lembrar também que a Prefeitura Municipal de Porto Alegre paga
religiosamente. Então nós temos que discutir. Agora, a ponto de exigir uma
medida provisória imediata que simplesmente alongue o período de pagamento de
todos os hospitais, sem qualquer...eu acho que aí nós teríamos que discutir bem
melhor cada caso.
O caso do Hospital Vila Nova, parece-me, é
extremamente importante, até porque hoje são os trabalhadores que operam e que
estão lá numa luta extraordinária para salvar o estabelecimento. Agora, em se
tratando de setores hospitalares privados que sofreram com uma gestão
temerária, será que é correto simplesmente colocar dinheiro público? Acredito
que não seja essa a sua opinião, Ver. Sebenelo. Mas com certeza não é correto
simplesmente colocar dinheiro público num hospital e manter a gestão que
provocou esse tipo de situação. Não é isso, tenho certeza, o que o Ver.
Sebenelo propõe. É preciso que a gente leve em conta que os hospitais que, de
modo geral, são praticamente sustentados pelos recursos do Sistema Único de
Saúde devem prestar um serviço e ter um controle muito superior sobre as
administrações; porque, de fato, quem “paga o pato” depois são os usuários e os
trabalhadores.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Ervino Besson): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores. Aeroporto,
hospitais, dinheiro. O Ver. Gerson Almeida falou aqui a respeito da importância
da extensão da pista do nosso Aeroporto Salgado Filho, mas é claro que a
Prefeitura - que tem muito dinheiro - não retirou as subabitações que estão no
caminho, impedindo o prolongamento da pista. Mas agora acontecerá um somatório
de esforços, e o Rio Grande do Sul vai ser muito bem atendido, vai ser
aquinhoado com muitas coisas boas, principalmente o Vale dos Sinos, que
transporta seus calçados em contêineres e que vai poder utilizar o nosso
Aeroporto.
Hospitais - nós falamos do Hospital Vila Nova, do
Hospital Lazarotto, mas e o Hospital da AFM? Convidei tantas vezes o Prefeito
para visitar o Hospital da AFM, sem marcar dia, para que ele fosse em qualquer
dia da semana, às 8h30min, 9h, 9h30min, para saber o quanto de serviço presta a
Associação dos Funcionários Municipais com o seu Hospital, e não recebe nada da
Prefeitura! Quantos servidores do Município são atendidos lá! Se não fossem lá,
estariam nas portas das Secretarias. O Hospital AFM atende e não recebe nada da
Prefeitura! Até o convênio, que é lei, a Prefeitura não reajusta há vários
anos, Parece que a inflação só chegou para Prefeitura, e não lá nos
medicamentos, nem nos serviços médicos prestados, que continuam inalterados.
Mesmo assim, a Associação dos Funcionários Municipais presta um extraordinário
serviço para Prefeitura e para os servidores da Prefeitura. A Prefeitura não
sabe, porque se o Prefeito tivesse ido lá uma única vez, ele mudaria o seu
pensamento; poderia conseguir aqui uma verba de 50 mil reais para o Hospital,
com sanção do próprio Prefeito, com todo o mundo concordando, só que não chegou
ao Hospital. Mas a Prefeitura tem dinheiro.
Agora, o Prefeito mandou uma Mensagem Retificativa
ou Aditiva para buscar, além da ilegalidade do IPTU, 22 milhões de reais no
DMAE - mas a Prefeitura tem dinheiro! Em 30 de setembro eu parei de perguntar
quanto havia de disponibilidade bancária - já havia mais de cem milhões de
reais. E nós sabemos que em outubro, novembro, dezembro a arrecadação da
Prefeitura cresce. No ano passado, em dezembro, a Prefeitura arrecadou 215
milhões de reais e deixou muito dinheiro em CDBs. Agora, o DMAE vai emprestar
22 milhões de reais para Prefeitura. O dinheiro pago pelo povo, por meio de
impostos, taxas, tarifas, quaisquer que sejam os tributos, deve ser devolvido
ao povo em obras e serviços. O DMAE é um colecionador de dinheiro, como também
a Prefeitura coleciona dinheiro. Como é que o Prefeito precisa de 22 milhões de
reais para pagar o funcionalismo - e ele fará o pagamento no último dia útil do
ano -, e no dia 28 de dezembro vai ter 8 milhões de reais para devolver para o
DMAE? São os colecionadores de dinheiro! Colecionadores de dinheiro!
Nós mostramos, quando alteraram de forma esquisita
a taxa, os aumentos, os acréscimos da tarifa do DMAE - não sei se taxa ou
tarifa, se “taxarifa”, como dizia o Ver. Alceu Collares -, aumentaram alegando
necessidade. No ano passado, eles puderam emprestar 25 milhões de reais; agora
podem emprestar 22 milhões. E o povo continua pagando para os colecionadores de
dinheiro, que não fazem as obras que a Cidade precisa, reclama e que tem
direito de vê-las realizadas. Mas os colecionadores de dinheiro deixam em CDB.
Eu vou gostar muito de olhar o próximo ano, no primeiro mês, a situação das
finanças prefeitorais. Saúde e PAZ!
(Não revisto pelo orador.)
(O Ver. Elói Guimarães assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): Havendo quórum, passamos à
A SRA. MARIA
CELESTE (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a suspensão da Sessão por
um minuto para que possamos, junto com as Lideranças, acordar a Ordem do Dia.
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): Defiro de pronto. Estão suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se os trabalhos às 15h32min.)
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes - 15h50min): Estão reabertos os trabalhos.
Consulto os Vereadores se há algum acordo com
relação à ordem de votação.
O SR. WILTON
ARAÚJO (Requerimento): Srª Presidenta, solicito inversão da ordem dos
trabalhos. Sugerimos a seguinte ordem de votação: PLE nº 056/04, PLCL nº
008/03, PLCL nº 012/04, PLL nº 076/04, PLL nº 043/03, PLL nº 048/04, PLL nº
058/03 e PLL nº 200/02.
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Wilton
Araújo. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.)
APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. N.º 5519/04 - PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO N.º 056/04, que autoriza a
abertura de créditos adicionais nos Poderes Executivo e Legislativo Municipais
no valor de R$5.165.000,00 e dá outras providências. Com Mensagem Retificativa.
Parecer Conjunto:
- da CCJ e CEFOR. Relator
Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 08-12-04.
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLE nº 056/04. O Ver. Reginaldo
Pujol está com a palavra para discutir o PLE nº 056/04.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Srª Presidenta, Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, este Projeto, na sua redação original, mereceu a nossa análise e um
Parecer favorável à sua aprovação, visto que ele destinava recursos na ordem de
5 milhões de reais para a Câmara de Vereadores e para o cumprimento de
obrigações do Executivo na execução da 3ª Perimetral. Por necessidade do
Governo, introduziu-se, no dia de ontem, uma Emenda Retificativa que renova
operação semelhante autorizada pela Casa no ano passado, com relação às
necessidades do Município para satisfazer o 13º salário dos funcionários.
No ano passado - todos se recordam - houve uma
operação em que o DMAE emprestou ao Município a importância de aproximadamente
vinte milhões de reais que foram ressarcidos logo no início do exercício
financeiro de 2004. Nesse ano, essa operação se renova, e eu quero informar,
com toda a tranqüilidade, que o Prefeito eleito da Cidade não desconhece que
essa operação está sendo realizada, entende que ela precisa ser realizada na
medida em que o servidor público municipal não pode ficar à mercê dessa
dificuldade de caixa que o Município enfrenta nos dias atuais e que precisa se
socorrer, mais uma vez, do DMAE para poder honrar o compromisso do 13º salário
dos seus servidores, conforme ficou claro na proposta apresentada (Lê.): “...
autorizada a abrir créditos suplementares até o limite do valor da
transferência referida no artigo anterior, destinada à complementação de
recursos para o pagamento da folha de pessoal e de encargos sociais relativos
ao 13º salário.” É um recurso que entra para o Município definitivamente
carimbado para essa finalidade e que será devolvido ao DMAE em quatro parcelas
sucessivas, sendo a primeira delas em 27 de dezembro do corrente ano, da ordem
de 8 milhões de reais, que será satisfeita pela atual Administração. E o restante
- 14 milhões de reais - satisfeito através de prestações mensais, aqui
acordadas, a partir de janeiro.
Todos nós sabemos que as dificuldades de satisfazer
essa folha dupla que os Estados e Municípios enfrentam no mês de dezembro geram
as mais criativas situações de resolução. No Governo do Estado, está-se fazendo
uma operação com o Banco do Rio Grande do Sul para satisfazer o 13º salário.
Aqui em Porto Alegre, essa operação foi feita no ano passado, e eu não vejo
nenhum inconveniente que ela se realize neste ano, até com as transformações
que foram introduzidas na proposta, entre as quais a de que o retorno ao DMAE
se dará em três parcelas, sendo a primeira ainda na atual Administração - esta
é aquela parcela mais consistente, de 8 milhões de reais.
Por tudo o que disse, eu fico, com tranqüilidade,
até por coerência, autorizado a informar que vou votar favoravelmente o Projeto
e a Mensagem Retificativa; o Projeto pelas razões que já expus no Parecer e até
porque é a comprovação de tudo o que nós dissemos, que esta Câmara tinha e tem
dificuldades orçamentárias, porque o Orçamento da Casa sempre é
subdimensionado. E nós temos esperança de que este ano ele tenha sido melhor
dimensionado através das Emendas que aprovamos aqui durante a análise do
Orçamento para 2005. Desde 2004, eu digo que é subdimensionado o Orçamento da
Câmara. Precisa a Câmara dispor desse recurso, indispensável para cumprir
rigorosamente as suas finalidades, e isso me coloca, desde já, solidário ao
Projeto. A Mensagem Retificativa e as alterações que traz só me levam a
reestudar a matéria. Mas coerentemente com o que já me posicionei durante o mês
de dezembro de 2003, eu quero agora, em dezembro de 2004, dizer que vou
acompanhar a proposta do Executivo, que, dentro da realidade financeira em que
se encontra o Município de Porto Alegre, é a forma de não se deixar de honrar o
compromisso com os servidores públicos municipais, que têm que merecer a nossa
preferência. Era isso, somente isso, Srª Presidenta.
(Não revisto pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA
(Margarete Moraes): Agradeço o pronunciamento do Ver. Reginaldo Pujol.
Submeto ao Plenário o Requerimento assinado pelo
Ver. Renato Guimarães em relação a este Processo, que requer a dispensa do
envio às Comissões das Mensagens Retificativas nº 01 e nº 02 ao PLE nº 056/04.
Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Renato Guimarães. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
O Ver. Carlos Pestana está com a palavra para
discutir o PLE nº 056/04.
O SR. CARLOS
PESTANA: Srª Presidenta e demais Vereadores e Vereadoras desta Casa, o Projeto
que estamos votando hoje é de autoria do Executivo e contempla um conjunto de
ações que julgamos importantes e necessárias neste final de legislatura. Ele
envolve a questão dos recursos oriundos da taxação do combustível,
suplementação de recursos para esta Casa, suplementação de recursos da verba de
publicidade oficial, bem como autorização de transferência dos recursos do DMAE
para a Administração Centralizada, fundamentalmente nos mesmos termos que esta
Casa já aprovou no ano passado, para que se viabilizem recursos para o
pagamento de pessoal.
É importante registrar que nós procuramos, neste
Processo, Verª Sofia Cavedon, conversar com o futuro Prefeito eleito, para que fosse
possível dar a maior transparência nessas ações que estamos promovendo neste
final de legislatura. Nós, de comum acordo com as Lideranças do PPS, bem como
com as Lideranças do PTB, que compõem o núcleo do próximo Governo, acordamos
este Projeto que está vindo hoje para esta Casa, para dar seqüência à forma
transparente, à forma tranqüila da atual transição, que está encerrando-se no
final desta Legislatura, procurando estabelecer, dessa forma, um diálogo que
viabilize e que se torne fundamentalmente um paradigma para as outras
transições, dando toda a transparência dos nossos atos. Felizmente, o futuro
Governo entendeu as nossas preocupações, que não são preocupações desta
Administração, mas da cidade de Porto Alegre, e concordou com os encaminhamentos
que estamos fazendo no dia de hoje.
Então, vimos a este Plenário solicitar apoio e
aprovação destes Projetos que estão sendo encaminhados com as suas respectivas
Mensagens Retificativas, no sentido de se poder viabilizar este final de
Administração e preparar as melhores condições para a Administração que se
inicia a partir de 1º de janeiro. Não há nenhum procedimento novo, são
procedimentos já utilizados nas nossas outras Administrações, ou seja, são
procedimentos legais, corriqueiros, os quais, tenho certeza, vão ter a
compreensão e a aprovação do conjunto da Câmara de Vereadores.
Então, é dessa forma que vimos à tribuna para
reafirmar o acordo com a futura base do Governo, que consolidamos a partir da
conversa com as Lideranças do PPS e do PTB, e também destacar que isso é
fundamental para a cidade de Porto Alegre. Fundamentalmente, era isso. Mais uma
vez, pedimos a aprovação do Projeto para viabilizar esses recursos para a
cidade de Porto Alegre, para os servidores do Município e para esta Câmara Legislativa.
(Não revisto pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir
o PLE nº 056/04.
O SR. LUIZ
BRAZ: Verª Margarete Moraes, Presidenta desta Casa; Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, aproveito para cumprimentar o
meu amigo Irmão Valério e também o Paulo Nascimento, lá do Pão dos Pobres,
presentes hoje no nosso Plenário.
Quero chamar a atenção dos Srs. Vereadores para
alguma coisa que realmente tem de ficar melhor explicitada, Ver. Pedro Américo
Leal. Este Processo aqui fala em 22 milhões de reais que vão ser apanhados como
empréstimo no DMAE. É absolutamente viável; é bom que se resolva a situação
atual de caixa, neste final de ano, nos mesmos moldes que se fez no ano
passado, quando também houve um empréstimo junto ao DMAE. Eu só não concordo
que essa medida não venha substituir de vez a intenção que tem o Governo de
antecipar o IPTU de 2005. Mercê desse empréstimo, desses 22 milhões de reais
que o Plenário vai aprovar, o Governo não teria por que não abrir mão de uma
ilegalidade que vai ser cometida, porque a antecipação, na forma como já foi
anunciada, por intermédio de um Decreto, é algo extremamente ilegal. Quando o
imposto for pago de forma antecipada no mês de dezembro, vai-se arbitrar um
percentual do tributo que pode ser descontado. Realmente, é extremamente
ilegal. Acredito até que, se o futuro Governo quiser, Ver. João Dib, vai poder
cobrar de novo, porque, afinal de contas, os que estão pagando agora, dessa
forma antecipada, estão pagando um imposto que não existe. O IPTU de 2005, Ver.
Guilherme Barbosa, só começará a existir a partir do 1º de janeiro de 2005. A
incidência vai-se dar exatamente a partir do dia 1º de janeiro de 2005.
Ora, se está acontecendo isso, então, é claro que
aqueles que vão pagar o IPTU para fazer caixa para o Governo este ano correm o
risco de pagar este ano e, de repente, serem cobrados novamente, porque, afinal
de contas, estão pagando alguma coisa que não existe, estão pagando um imposto
que ainda não deve ser cobrado, não está pronto para ser cobrado. Eu pensava
que essa operação junto ao DMAE fosse exatamente uma operação substitutiva:
“Encontraram o caminho correto, vão buscar dinheiro para fazer frente às
despesas, agora, com o 13º salário, com todos aqueles gastos que, normalmente,
o Governo tem para fazer no final de ano”. Porque é muito comum, no final do
ano, todos os Governos, todas as Prefeituras - não é só a nossa Prefeitura -
terem gastos a mais.
É um retrato, Srs. Vereadores, de que aquilo que se
falava, que o Orçamento da Prefeitura era tranqüilo, que não havia problema,
que era bem executado, não é bem assim. Tanto é que se buscam, através de um
empréstimo junto ao DMAE, esses 22 milhões de reais, e não se abre mão da
antecipação do IPTU. Quer dizer: dinheiro que vai sair lá do Orçamento de 2005,
podem ser esses 22 milhões de reais e mais a antecipação do IPTU, que nós não
sabemos quanto vai ser. Ninguém sabe quanto pode representar de furo no caixa
de 2005 essa antecipação - os 28% de desconto que estão sendo oferecidos
através de um Decreto, de forma ilegal. Então, realmente, falha o Governo no
momento em que insiste nessa operação. Eu pensava que estava sanado esse
problema, mas não está. Falha o Governo no momento em que insiste nessa
ilegalidade, não colocando essa medida aqui de empréstimo como uma medida
substitutiva àquela loucura que foi anunciada alguns dias atrás - a antecipação
do IPTU. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para
discutir o PLE nº 056/04.
O SR. ELÓI
GUIMARÃES: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes, Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, com relação à antecipação, no que diz respeito aos tributos, em
especial o IPTU, nós tivemos a oportunidade de, na última fala, ver os seus
inconvenientes, na medida em que poderia criar situações de difícil
administração para o novo Governo.
Todavia, Srª Presidente, Srs. Vereadores, o
empréstimo, já utilizado no ano passado e hoje em voga em outras áreas da
Administração, em especial na Administração Estadual, por meio do Banco do Rio
Grande do Sul, é uma forma absolutamente correta - politicamente correta - de
suprir necessidades, pois pior seria os funcionários não terem, ao final do
ano, as suas necessidades básicas atendidas.
É bom que se afirme, que se reitere, que o 13º
salário está incorporado à Receita do funcionalismo, da população. O
assalariado trabalha, hoje, com a perspectiva do ingresso dessa Receita para
cobrir a sua despesa. Então, nós defendemos o empréstimo, achamos absolutamente
correto, até porque não temos alternativa, sob pena de fazer o funcionário
sofrer práticas que já tivemos em outras oportunidades. Essa saída é, na minha
opinião, inteligente e já foi utilizada no ano passado. Porque, afinal de
contas, o DMAE é uma autarquia, é uma Administração Pública Indireta, embora
com determinadas diretrizes do ponto de vista da Administração Direta. Mas é
recurso público que, tão logo supridos os cofres públicos no exercício seguinte,
deve retornar ao DMAE, para que ele se mantenha como instituição
financeiramente saudável, como historicamente foi e hoje é.
Portanto, nós queremos dizer que se trata de uma
medida correta e vamos votar a favor da presente iniciativa. Obrigado, Srª Presidenta.
(Não revisto pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para
discutir o PLE nº 056/04.
O SR.
PROFESSOR GARCIA: Srª Presidenta, Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, o que está propondo o Executivo não tem nada de novo, isso já foi
feito, e sempre. Claro que nós entendemos que a questão agora é temporal, ou
seja, é uma passagem de um Governo para o outro. Utilizamos a tribuna nesta
semana para falar sobre uma questão parecida: a antecipação de Receitas do
IPTU. Na oportunidade, dissemos que foi comprovado que, no ano passado, 40% da
população de Porto Alegre pagou antecipadamente o IPTU, porque tinha quase 30%
de desconto. E eu disse: “Desafio, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, que quem
tiver condições não vá antecipar; claro que vai antecipar!” Trinta por cento é
algo significativo.
Sabemos das dificuldades de todas as Prefeituras, e
eu volto a dizer que Porto Alegre é uma exceção dentro das diversas Prefeituras
do nosso País, que tem mais de cinco mil Municípios. Porto Alegre tem uma
situação estável, uma situação enxuta, tem um grande Orçamento - Orçamento este
previsto para o próximo ano de 2 bilhões e 185 milhões de reais -, e o que está
sendo proposto aqui é um acerto interno dentro da própria Prefeitura. O DMAE,
como autarquia, tem a sua autonomia, pode, sim, emprestar o dinheiro para o
Executivo. E o Executivo está propondo que esse ressarcimento seja feito em
quatro parcelas de 8 milhões de reais, e a primeira parcela já será paga,
agora, no dia 27 de dezembro, mostrando que é uma questão momentânea de fluxo
de caixa, o que é comum a qualquer Município.
Queremos dizer também que o Prefeito - e eu vou
usar um termo forte - não seria insano de propor algo que poderia prejudicá-lo
depois na aprovação das Contas, sob a visão da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Ao mesmo tempo, entendemos também que esta Casa quer, sim, que todos os
funcionários públicos municipais, sejam eles da esfera do Executivo ou da
Câmara Municipal de Porto Alegre, recebam o seu 13º salário. Então, eu entendo
que a dialética aqui na tribuna é uma, mas podem ter a certeza de que este
Projeto será aprovado pela unanimidade dos Srs. Vereadores. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação o PLE nº 056/04. A Verª Clênia Maranhão
está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 056/04.
A SRA. CLÊNIA
MARANHÃO: Srª Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, nós
votaremos logo mais uma Mensagem Retificativa do Executivo referente ao
empréstimo do DMAE no valor de 22 milhões de reais. Nós já tivemos, em outras
oportunidades, que discutir e votar empréstimos ao final do ano. O Ver.
Pestana, Líder da Bancada do Governo, já falou aqui de uma reunião que se
estabeleceu entre o Governo atual e o futuro Governo, referente a essa situação
dos empréstimos. Nós, da Bancada do PPS, estamos defendendo a aprovação da
Mensagem, porque colocamos duas questões preliminares antes da definição do
nosso voto que foram prontamente atendidas pelo atual Governo e aqui
explicitadas pelo Vereador-Líder da Bancada. Tínhamos uma preocupação: que esse
empréstimo fosse usado no pagamento do 13º salário dos funcionários públicos e
seus encargos sociais. Isso está explicitado no art. 1º da Mensagem Retificativa
enviada a esta Casa. Nós achamos que os funcionários públicos não podem ser
penalizados, que é um direito assegurado em Lei o recebimento do seu 13º
salário. Nós também estamos preocupados com o pagamento do 13º salário dos
funcionários deste Parlamento.
A segunda questão é que nós também discutimos a
forma de ressarcimento dessa dívida, o que foi também acordado e explicitado,
portanto foi cumprido na Mensagem Retificativa do Exmo. Sr. Prefeito a esta
Casa. Apesar de votarmos favoravelmente e de solicitarmos ao conjunto das
Bancadas que votem favoravelmente a Mensagem Retificativa do Sr. Prefeito que
assegura o empréstimo dos 22 milhões de reais para o pagamento dos funcionários
públicos, que nós achamos uma coisa fundamental, isso também nos deixa um pouco
preocupados, porque é um indicativo das dificuldades financeiras - que o Ver.
Pestana chama de dificuldades de caixa, mas que são dificuldades financeiras -
da Prefeitura Municipal de Porto Alegre.
Mas estamos coerentes a esse clima de diálogo e de
pautar sempre a votação dos nossos Projetos em cima de decisões que sejam
politicamente acertadas na defesa das cidades, na defesa dos seus munícipes e
na defesa dos trabalhadores da área pública, que são os funcionários públicos.
Então, queria dizer que o Ver. Pestana foi absolutamente fiel às decisões
tomadas, estamos de acordo com essa decisão e pedimos a votação favorável das
Sras Vereadoras e dos Srs. Vereadores à matéria.
(Não revisto pela oradora.)
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Mário Fraga está com palavra para encaminhar
a votação do PLE nº 056/04.
O SR. MÁRIO
FRAGA: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, é com
satisfação que voltamos a esta tribuna para encaminhar, pelo PDT - Partido
Democrático Trabalhista -, o PLE nº 056/04, que trata de uma verba de 22
milhões de reais. A Bancada do PDT encaminha favoravelmente, mas, se fosse nas
Comissões, nós votaríamos com restrições, pois não sabemos qual o resultado
dessa operação. Então, Ver. João Antonio Dib, a Bancada do PDT encaminha
favoravelmente com restrições. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação o PLE nº 056/04. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO pela unanimidade dos presentes.
Em votação a Mensagem Retificativa nº 01 ao PLE nº
056/04. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.)
APROVADA pela unanimidade dos
presentes.
Em votação a Mensagem Retificativa nº 02 ao PLE nº
056/04. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.)
APROVADA pela unanimidade dos
presentes.
VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
2405/03 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N.º 008/03, de autoria do
Ver. Luiz Braz, que acrescenta § 6.º ao art. 52, renumerando o atual § 6.° para
§ 7.º, da Lei Complementar n.º 434, de 1.º de dezembro de 1999, e alterações
posteriores, que dispõe sobre o desenvolvimento urbano no Município de Porto
Alegre, institui o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental de Porto
Alegre e dá outras providências.
(transferência de potencial construtivo/patrimônio ambiental) Com Emendas
n.ºs 02 a 06.
Parecer:
-
da CCJ.
Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;
-
da
Comissão Especial. Relator Ver. Beto Moesch: pela aprovação do
Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82, § 1.º, I, da LOM;
-
incluído na Ordem do Dia em 17-11-04;
-
retirada a Emenda n.º 01;
-
adiada a Votação por uma Sessão.
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação o PLCL nº 008/03. O Ver. Luiz Braz está
com a palavra para encaminhar.
Eu quero agradecer a todos os Vereadores que
participaram das tratativas. Existe somente uma Emenda que está sendo
trabalhada, de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, que inclui os parques, também
há possibilidade de realizar essas transferências. Só existe, na verdade, uma
área de parque em nossa Cidade, que é o Parque Natural do Morro do Osso. Então,
vamos esperar que este Processo possa receber votação unânime por parte dos
Srs. Vereadores deste plenário.
(Não revisto pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para
encaminhar a votação do PLCL nº 008/03.
O SR.
GUILHERME BARBOSA: Srª Presidente, Verª Margarete Moraes; colegas
Vereadores, Vereadoras, demais pessoas que nos acompanham, nós recomeçamos, no
dia de ontem, a fazer discussões sobre este Projeto, que consideramos de muita
importância, apresentado pelo Ver. Luiz Braz. Dissemos ao Plenário e a todos
que nos ouviam que decidimos - nossa Bancada - votar a favor do Projeto,
combinando o Projeto com a Emenda do nosso Líder, Ver. Carlos Pestana. Em
seguida, também tomamos conhecimento da Emenda do Ver. Reginaldo Pujol, que, na
verdade, tem um mérito um pouco distinto daquele que é o centro do Projeto do
Ver. Luiz Braz.
Consultando a Secretaria do Planejamento do nosso
Executivo, que demonstrou alguma preocupação em relação à Emenda do Ver.
Reginaldo Pujol, em conversa com nossos colegas, Vereadores aqui da Casa, temos
uma posição fechada com relação ao Projeto e à Emenda do Ver. Pestana e
votaremos “sim”. E vamos liberar nossa Bancada, com relação à Emenda do Ver.
Reginaldo Pujol, já que não há uma definição muito clara, muito explícita com
relação à Emenda do colega. Então, queremos dizer também, de maneira pessoal,
que é uma Emenda que interessa muito à Direção do Pão dos Pobres. Nós
conhecemos o trabalho dessa entidade, tive a oportunidade de, na Secretaria
Municipal de Obras do Município, ajudar em todos os procedimentos de reforma,
de adequação que estava acontecendo naquela área. Portanto, sinto-me contente
também de neste momento poder votar a favor deste Projeto, que vai dar uma
alavancada em termos financeiros para essa instituição. É essa a posição que
nós queríamos transmitir ao Plenário. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Beto Moesch está com a palavra para
encaminhar a votação do PLCL nº 008/03.
O SR. BETO MOESCH: Srª Presidenta, Verª Margarete
Moraes; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, a partir da proposta do
Ver. Luiz Braz, autor desta matéria, há uma tentativa de iniciarmos, de uma
certa forma - como já foi ressaltado aqui pelo autor da matéria e colocado por
este Vereador, como Relator da matéria na Comissão do Plano. Diretor -, a
regulamentação do Estatuto da Cidade no Município de Porto Alegre. Nós estamos
conferindo ao proprietário do patrimônio histórico tombado o direito de poder
construir, por meio de índice construtivo, em outra área da Cidade. Ou seja,
estamos conferindo ao proprietário do imóvel, por ele estar preservando, uma
contrapartida da Cidade, Verª Clênia Maranhão, V. Exª que também já debateu
aqui, várias vezes, o Estatuto da Cidade. E é interessante dizer que vem, Ver.
Pedro Américo Leal, uma proposta do Parlamento.
Por outro
lado, o Ver. Reginaldo Pujol procura - e acho meritório - ampliar, conferindo
também o mesmo princípio para quem possui área em parque natural da Cidade.
Portanto, o Ver. Reginaldo Pujol aproveita sabiamente, como sempre fez como
Vereador experiente desta Casa, para ampliar esse princípio, ao meu ver,
primordial. Todavia, Ver. Reginaldo Pujol, essa Emenda veio tarde para este
Vereador; o princípio em si está correto, mas, para que eu possa votar,
precisaria discuti-la melhor. A do Ver. Luiz Braz já está plenamente
estabelecida no Estatuto da Cidade, aliás, nós não só podemos como devemos
regulamentá-la em nível municipal. Já em relação à Emenda do Ver. Reginaldo
Pujol, não há previsão em outro dispositivo legal, ao menos Federal ou Estadual,
o que não quer dizer que nós não possamos e devamos ampliá-la. Então, essa
discussão jamais pode ser, se por acaso não for aprovada, perdida nesta Sessão
de hoje, ela deve ter continuidade em janeiro, fevereiro, Ver. Elói Guimarães.
E eu quero
aqui deixar de antemão que sou, Verª Maria Celeste, o primeiro a querer debater
esse assunto, porque nós sempre defendemos que o proprietário deve
beneficiar-se por preservar algo para Cidade, seja patrimônio histórico, seja
natural. Esse é o princípio básico do Direito Ambiental Brasileiro, que deve
ser garantido aqui. Mas o que o Ver. Reginaldo Pujol propõe é algo novo, que é
muito bom também, e nós temos que encarar as coisas novas, mas eu não estou
ainda amadurecido para enfrentar, para aprovar isso.
O que nós já
temos e trouxemos, hoje de manhã, no debate da Comissão do Plano Diretor, é a
isenção do IPTU para as chamadas propriedades particulares naturais, aqueles
proprietários que transformam as suas propriedades em reservas particulares.
Então, esse incentivo já existe. Temos de ampliar? Acho que sim, eu serei o
primeiro, Ver. Pujol, a ampliar o que já existe de incentivo para quem tem uma
propriedade que deva ser preservada, mas não sei se seria por meio de troca de
índice construtivo, essa é a questão. E penso que a sociedade tem todo o
direito; nós temos o dever de dar o direito para que a sociedade decida conosco
se devemos dar esse incentivo com troca de índice ou não, essa é a questão. Já
as áreas do patrimônio cultural são menores, por exemplo, são terrenos; as
áreas naturais referidas pelo Ver. Reginaldo Pujol são maiores.
Portanto, Srª
Presidenta, Verª Margarete Moraes, particularmente, eu voto contra a Emenda do
Ver. Reginaldo Pujol e favorável ao Projeto do Ver. Luiz Braz, mas quero dar
continuidade a esse debate. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): Quero registrar que está sendo realizado no
Plenarinho, por uma promoção da Ascam/RS, por meio de seu Presidente Valtair, o
seminário Comunicação e o Legislativo Municipal, sobre a organização de
eventos, cerimonial e protocolo, posse de Vereadores e Prefeitos. O seminário
contando com a participação de 128 pessoas, sendo 42 Vereadores e 86
Servidores; 62 cidades representadas pelos três Estados do Sul, 59 do Rio
Grande do Sul, duas de Santa Catarina e uma do Paraná. Portanto, sejam todos
bem-vindos; em nome da Presidência desta Casa, eu quero cumprimentar e
parabenizar o Presidente Valtair.
O Ver. Reginaldo Pujol está com a
palavra para encaminhar a votação do PLCL nº 008/03.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Srª Presidenta, Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, como acredito que o Projeto do Ver. Luiz Braz já está
suficientemente esclarecido e que a única discussão que a Casa está a fazer diz
respeito à Emenda nº 05, por nós firmada, eu peço vênia a todos os Vereadores
para, de forma mais objetiva possível, dentro da limitação do tempo, esclarecer
o que me parece fundamental nesta discussão. Nós não estamos inovando nada, a
possibilidade da transferência do potencial construtivo vem sendo utilizada no
Município de Porto Alegre, como bem explicitou ontem o Ver. Gérson Almeida, de
forma bastante exaustiva. Tanto que a grande obra que o Município de Porto
Alegre conheceu nos últimos anos foi, indiscutivelmente - sabe bem disso o Ver.
Guilherme Barbosa, porque há pouco tempo era o titular da Secretaria Municipal
de Obras e Viação -, a 3ª Perimetral. A implantação dessa obra se deu com a
utilização do potencial construtivo dos imóveis, objeto de desapropriação, os
quais tiveram inclusive um estímulo a mais, um bônus que está agora sendo
estendido para aqueles proprietários da Rua Dona Teodora que venham a ter o seu
imóvel atingido pelo prolongamento da 3ª Perimetral, que se estenderá não só
até o Laçador mas também até a Rua Dona Teodora.
Então, a utilização desse instrumento tem sido de
uma valia muito forte para a estratégia dos administradores e, mais do que para
estratégia, um forte componente de auxílio expressivo ao caixa do Município de
Porto Alegre, que, como se viu, hoje enfrenta dificuldades bastante fortes,
tanto que teve de colher esse empréstimo junto ao DMAE para poder honrar o 13º
salário. O Município não tem tido recursos para efetivação de desapropriação de
inúmeras áreas na cidade de Porto Alegre, áreas essas gravadas pelo Plano
Diretor para abrir o espaçamento viário ou, mais ainda, áreas declaradas
parques naturais cujo exemplo mais expressivo é o Parque do Morro do Osso, que,
desde muito tempo, teve declarada a sua condição de parque ambiental, já na
Administração Villela, por Decreto. Ontem me socorria o Ver. Gérson Almeida
dizendo que o Prefeito Tarso Genro, no seu primeiro mandato, colocou na lei
essa disposição. E até o presente momento, tendo transcorrido todos esses anos,
o Município não se emitiu na posse, porque não teve recursos para pagar a
desapropriação da área que é pertencente a inúmeras pessoas que têm,
historicamente, aquela propriedade. Como ninguém advoga que as coisas no
Município de Porto Alegre, neste ou num momento próximo, com a nova Administração,
ocorram ao arrepio da lei e como nós entendemos que essas áreas necessárias ao
desenvolvimento da Cidade tenham que ser objeto de desapropriação legal e não
de expropriação, nós estamos facultando que soluções, como é o caso do Morro do
Osso e de outras que eventualmente a lei venha a estabelecer, possam ser
realizadas com a moeda municipal dos dias de hoje, que é o potencial
construtivo.
Ora, nós diríamos o seguinte: já está autorizada na
lei a utilização do potencial construtivo para promover a implantação do
parque, já está autorizada. Dentro da macrozona é pacífico! Só que nós não
queremos que vendam o índice no entorno do parque, porque não queremos que
construam no entorno do parque, e sim em outras áreas da Cidade que têm mais
condições de absorver esse índice. E, vejam bem, a Lei do Plano Diretor diz
que, por iniciativa legislativa, pode estender-se para toda a Cidade.
Então, por que não aproveitar este Projeto e dar a
forma jurídica, legal que precisa o Executivo para resolver o impasse que concretamente
ele vive há longos anos, desarticulando-se, ficando em débito com o
contribuinte, em débito com a sociedade? Agora ele pode, pura e simplesmente,
resolver. Então, eu quero agradecer a todos que compreenderam essa situação. E
concluindo, Vereador, quero agradecer especialmente aos Líderes do Partido dos
Trabalhadores, que, de uma forma muito tranqüila, ofereceram algumas
resistências, dialogaram em torno da matéria e liberam os seus Vereadores para
votarem de acordo com as suas posições e as suas convicções.
Eu não tenho dúvida nenhuma de que este Projeto vai
obter a maioria. E estou sendo sincero em dizer o seguinte: eu não quero só ter
a maioria, eu quero ter os 17 votos com os quais ele pode se transformar em
lei. E conto com a solidariedade não à minha posição, mas à posição de várias
pessoas, porque este Projeto, essa posição decorre, inclusive, de discussões
ainda do Plano Diretor. E quem sustentava essa posição era alguém que não era
do PFL, era do PT, hoje ele está no PPS: o Dr. Hélio Corbellini, que nos pede
que chancele essa posição. É o que eu tinha a dizer, perdoem-me se exagerei em
alguma coisa. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): Não havendo mais quem queira encaminhar, coloco o
PLCL nº 008/03 em votação com ressalva das Emendas. A Emenda nº 01, de autoria
do Ver. Luiz Braz, foi retirada pelo autor. Nós temos a Emenda nº 02, dos
Vereadores Raul Carrion e Luiz Braz; depois a Emenda nº 03, do Ver. Sebastião
Melo; Emenda nº 04, do Ver. Carlos Pestana; Emenda nº 05, do Ver. Reginaldo
Pujol; Emenda nº 06, do Ver. Professor Garcia.
Em votação o PLCL nº 008/03, conforme foi lido, com
exceção das Emendas de nºs 02 a 06. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO
por unanimidade.
Em votação a Emenda nº 02 ao PLCL nº 008/03, de
autoria do Ver. Raul Carrion e do Ver. Luiz Braz. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em votação a Emenda nº 03 ao PLCL nº 008/03, de
autoria do Ver. Sebastião Melo. (Pausa.)
O Ver. Renato Guimarães solicita leitura da Emenda
nº 03 ao PLCL nº 008/03, de autoria do Ver. Sebastião Melo, que foi apresentada
no dia 1º de dezembro de 2004: “Dá nova Redação ao artigo 2º do Projeto, como
segue: Art. 2º - Esta Lei Complementar entra em vigor na data da sua
publicação, gerando efeitos a partir da sua regulamentação.”
Em votação a Emenda nº 03 ao PLCL nº 008/03.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA pela unanimidade dos
presentes.
Em votação a Emenda nº 04 ao PLCL nº 008/03, de
autoria do Ver. Carlos Pestana. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em votação a Emenda nº 05 ao PLCL nº 008/03, de
autoria do Ver. Reginaldo Pujol. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA,
com os votos contrários dos Vereadores Beto Moesch, Professor Garcia, Helena
Bonumá, Renato Guimarães e com abstenção do Ver. Guilherme Barbosa.
Em votação a Emenda nº 06 ao PLCL nº 008/03, de
autoria do Ver. Professor Garcia. (Pausa.)
O SR. LUIZ
BRAZ: Srª Presidenta, solicito a leitura da Emenda nº 06 ao PLCL nº 008/03, de
autoria do Ver. Professor Garcia. Em princípio, eu peço que votem contra a
Emenda nº 06, do Professor Garcia. Mas gostaria que V. Exª a lesse.
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): Sim. (Lê.) “Emenda nº 06 - Acrescenta parágrafo,
onde couber, com a seguinte redação: Parágrafo... A venda do índice de
potencial construtivo será registrada no Cartório de Registro de Imóveis com o
respectivo valor de mercado atualizado. Justificativa - Da tribuna. Sala de
Sessões, 8 de dezembro de 2004. Professor Garcia, Vereador-Líder do PSB.”
O Ver. Professor Garcia está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 06 ao PLCL nº 008/03.
O SR.
PROFESSOR GARCIA: Srª Presidenta, Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, a justificativa desta Emenda deve-se à preocupação que temos,
porque esses índices construtivos têm um valor de mercado. Qual é a nossa
preocupação? A venda desse índice construtivo tem de ser registrada no cartório
de imóveis com o valor respectivo de mercado, porque pode ocorrer que algo
valha, por exemplo, dez milhões e ser feito um acerto por dois milhões.
Como estamos tratando aqui de abrir mão da entidade,
queremos que essas entidades sejam ressarcidas com os respectivos valores de
mercado - nada mais claro e transparente, dando legitimidade - e que as partes
acordadas coloquem a fé pública. Sabemos que, para determinados interesses,
isso pode ser complicado, mas para quem vive da transparência não há dúvida
nenhuma. Então, em cima disso, é que estamos propondo esta Emenda, para ficar
claro que aquele índice construtivo vai ser ressarcido pelo verdadeiro valor de
mercado.
(Não revisto pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para encaminhar
a votação da Emenda nº 06 ao PLCL nº 008/03.
O SR. LUIZ
BRAZ: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes; Ver. Pedro Américo Leal, Srs.
Vereadores e Sras Vereadoras, com certeza absoluta o Ver. Professor
Garcia só fez a Emenda porque não compreendeu bem todo o processo. Jamais ele
faria esta Emenda se pudesse ter o conhecimento total de como se dá a
transferência desses índices construtivos. O Pão dos Pobres, o Padre Cacique ou
qualquer instituição não vão pegar o índice construtivo, ao seu bel-prazer, e
dizer para o Fulano de Tal: “Está aqui o índice. Ele vale dez milhões, mas
vocês compram por dois milhões, porque nós estamos precisando de dinheiro,
então que venha esse dinheiro rapidamente para nós.” Não é feito assim. Tudo
isso passa pela Prefeitura Municipal, com autorização da Prefeitura, vai para o
cartório, há todos os preços ali, há avaliações, está tudo realmente bem
garantido para que não haja no mercado alguma coisa que vá desestabilizar tudo,
não é? Nós não precisamos ter essas garantias, isso não existe, Ver. Professor
Garcia. A forma como V. Exª colocou esta Emenda infelizmente não é garantidora
de nada; ela seria se, de repente, isso fosse uma quinquilharia que ficasse à
disposição de uma instituição e ela vendesse a seu bel-prazer para um outro
local. Não é feita assim a venda de índices, a transferência de índices não
obedece exatamente a esse ritual.
Sou amigo e admirador de V. Exª e sei que jamais ia
colocar uma emenda só para atrapalhar o processo ou alguma coisa assim, pois V.
Exª sempre ajudou os processos a tramitarem aqui na Casa. Em nome disso, pela
sua tradição aqui nesta Casa, sempre autor de boas proposições, já que não há
mais um meio de retirar a sua Emenda, peço que V. Exª vote contra essa Emenda,
porque ela não vem ajudar em nada esse processo, não vem garantir em nada esse
processo, sendo, nesta altura dos acontecimentos, absolutamente despicienda.
(Não revisto pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 06 ao PLCL nº 008/03.
O SR.
GUILHERME BARBOSA: Verª Margarete Moraes, nossa Presidenta; colegas
Vereadores e Vereadoras, demais pessoas que nos assistem, eu vou ser bastante
objetivo. O Ver. Professor Garcia mostrou uma grande preocupação, ao apresentar
esta Emenda, com o dinheiro público. De certa maneira, índice construtivo é um
bem da Cidade, portanto, por algumas razões - uma das quais estamos debatendo
aqui no Projeto -, há a transferência disso, que é da Cidade, para um
particular. O Ver. Professor Garcia se preocupa no sentido de que determinada
pessoa não poderia receber esse bem, que seria além do que ele teria de direito
para construir no seu terreno, e depois o comercializar de maneira vil, já que
se trata de um bem de todos. Ainda nesta tarde - falei em outra ocasião que a
dificuldade de uma lei tem de ser sempre prevista na sua implementação, na sua
execução -, eu estava conversando com o Ver. Professor Garcia, dizendo a ele
que a Prefeitura só vai saber que o índice desse particular foi vendido quando
aquele que comprou o índice apresentar um projeto à Prefeitura, porque antes a
Prefeitura não vai ter esse conhecimento, mesmo que seja registrado no
cartório. Poderá passar um ano, dez ou vinte anos até que a Prefeitura venha
tomar conhecimento desse fato. Portanto, essa já é uma preocupação.
A segunda preocupação é que a Emenda não determina
de que forma o Executivo poderia tomar alguma iniciativa contra essa pessoa que
vendeu, por um valor muito baixo, aqueles índices, se for o caso. Não está
estabelecido na Emenda, portanto a Prefeitura não teria como agir. O que a
Prefeitura ia fazer? Colocar no jornal que aquele Fulano, aquele Sicrano roubou
o dinheiro público ou malversou um recurso, que ele recebeu por cem e vendeu
por dez? Não tem o que fazer exatamente.
Portanto, Ver. Professor Garcia, nós vamos votar
contra a Emenda por essas razões, porque realmente não dá instrumento ao Poder
Executivo para agir. É uma idéia boa, há mérito, a preocupação é boa, mas não
dá instrumento para a ação. E, por último, quero dizer que não é um
instrumento, não é um dispositivo de Plano Diretor. Na verdade, isso poderia
ser mérito para uma lei ordinária. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação nominal, por solicitação do Ver. Cassiá
Carpes, a Emenda nº 06 ao PLCL nº 008/03. (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 02 votos SIM e 18 votos NÃO.
VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. N.º 3914/04 - PROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N.º 012/04, de autoria do Ver. Wilton Araújo, que altera dispositivos da Lei
Complementar n.º 197, de 21 de março de 1989, e alterações posteriores, que
institui e disciplina o Imposto sobre a transmissão “inter-vivos”, por ato
oneroso, de bens imóveis e de direitos reais a eles relativos, e estabelece o
parcelamento do imposto em dez frações mensais e consecutivas. Com Emenda n.º 01. Com Subemenda n.º 01
à Emenda n.º 01.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82, § 1.º, I, da LOM;
-
incluído na Ordem do Dia, por força do art. 81 da LOM, em 06-12-04.
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação o PLCL nº 012/04. O Ver. Wilton Araújo
está com a palavra para encaminhar a votação do PLCL nº 012/04. (Pausa.)
Desiste. Não há mais quem queira encaminhar. Em votação o PLCL nº 012/04.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, com abstenção de voto da Verª
Maria Celeste e do Ver. Guilherme Barbosa.
Em votação a Emenda nº 01 ao PLCL nº 012/04.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA pela unanimidade dos
presentes.
Em votação a Subemenda nº 01 à Emenda nº 01 ao PLCL
nº 012/04. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADA.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. N.º 1892/04 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 076/04, de autoria do
Ver. Nereu D’Avila, que altera dispositivos da Lei n. 3.187, de 24 de outubro
de 1968, e alterações posteriores, que estabelece normas para a exploração do
Comércio Ambulante e dá outras providências (churrasquinho e refeição rápida). Com Emendas n.os 01, 02, 03 e
04. Com Subemenda n.º 01. à Emenda n.º 02.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 24-11-04.
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº 076/04. (Pausa.)
Apregoamos Requerimento referente ao PLL nº 076/04,
de autoria do Ver. Cláudio Sebenelo, que solicita votação em destaque do § 5º
do art. 8º, proposto pelo art. 1º do Projeto.
Não havendo quem queira discutir, em votação o PLL
nº 076/04. (Pausa.)
A SRA. MARIA
CELESTE (Questão de Ordem): Verª Margarete Moraes, Presidente; para um
esclarecimento junto à Diretoria Legislativa: o Ver. Cláudio Sebenelo pede
destaque do § 5º, e a redação da Emenda nº 03 é a mesma questão do destaque.
Então, eu queria uma orientação de votação.
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): A orientação para votação, Verª Maria Celeste, é a
seguinte: em primeiro lugar, votaremos o Projeto, com ressalva do destaque das
Emendas e Subemendas. Uma vez aprovado, votaremos o § 5º do art. 8º, constante
do art. 1º do Projeto, destacado pelo Ver. Cláudio Sebenelo. "Sim"
aprova o dispositivo, mantendo-o no texto; "não" rejeita o
dispositivo, retirando-o do texto. Rejeitado o dispositivo e retirado do texto,
fica prejudicada a votação da Emenda nº 03. Aí, como terceiro item, haveria a
votação das Emendas e Subemendas uma a uma: as Emendas nºs 01, 02 - a Emenda nº
03 ficaria prejudicada -, a Subemenda nº 01 à Emenda nº 02, a Emenda nº 03 e depois
a Emenda nº 04. Está compreendido? Obrigada, Vereadora.
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. João
Antonio Dib, o PLL nº 076/04. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 15 votos SIM, 01 voto NÃO e 02 ABSTENÇÕES.
Em votação Requerimento, de autoria do Ver. Cláudio
Sebenelo, que solicita destaque ao § 5º do art. 8º. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam sentados. REJEITADO
pela maioria, retira-se o dispositivo do texto.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Srª Presidente, solicito verificação de votação.
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): Solicito a abertura do painel eletrônico. Vamos
repetir a votação.
Em votação Requerimento, de autoria do Ver. Cláudio
Sebenelo, que solicita destaque ao § 5º do art. 8º constante do art. 1º do PLL
nº 076/04. (Pausa.) (Após apuração nominal.) REJEITADO por 17 votos NÃO e 01
ABSTENÇÃO, retira-se o dispositivo do texto. Portanto, fica prejudicada a
votação da Emenda nº 03.
Em votação a Emenda nº 01, de autoria do Ver. Nereu
D'Avila, ao PLL nº 076/04.
Solicito ao Ver. João Carlos Nedel que faça a
leitura da Emenda nº 01 ao PLL nº 076/04.
O SR. 1º
SECRETÁRIO (João Carlos Nedel): Emenda nº 01 (Lê.): “Dá nova redação ao art. 5º do
PLL nº 076/04. Art. 5º - Inclui no art. 8º da Lei nº 3.187 o § 3º, conforme segue:
§ 3º - Fica estabelecida a distância mínima de 50 metros entre os vendedores
ambulantes de churrasquinho”.
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação a Emenda nº 01, de autoria do Ver. Nereu
D'Avila, ao PLL nº 076/04. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADA,
com abstenção do Ver. João Antonio Dib.
Em votação a Emenda nº 02, de autoria do Ver. Nereu
D'Avila, ao PLL nº 076/04.
Solicito ao Ver. João Carlos Nedel que faça a
leitura da Emenda nº 02 ao PLL nº 076/04.
O SR. 1º
SECRETÁRIO (João Carlos Nedel): Emenda nº 02 (Lê.): “Art. 6º - Inclui no art. 8º da
Lei nº 3.187 o § 4º, conforme segue: § 4º - A área a que se refere o § 1º do
art. 12 da Lei nº 3.187 poderá conter, no máximo, vinte pontos de venda de churrasquinho”.
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação a Emenda nº 02, de autoria do Ver. Nereu
D'Avila, ao PLL nº 076/04. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADA,
com a abstenção do Ver. João Antonio Dib.
Em votação a Subemenda nº 01 à Emenda nº 02, de
autoria do Ver. Dr. Goulart, ao PLL nº 076/04.
Solicito ao Ver. João Carlos Nedel que faça a
leitura da Subemenda nº 01 à Emenda nº 02 ao PLL nº 076/04.
O SR. 1º
SECRETÁRIO (João Carlos Nedel): Subemenda nº 01 à Emenda nº 02 (Lê.): “Onde se lê
‘no máximo vinte pontos de venda de churrasquinho’, leia-se ‘no máximo quarenta
pontos de venda de churrasquinho’”.
Na Emenda nº 02, nós aprovamos para vinte pontos na
área, a Subemenda diz assim (Lê.): “Onde se lê ‘no máximo vinte pontos de venda
de churrasquinho’, leia-se ‘no máximo quarenta pontos de venda de
churrasquinho’”.
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Beto
Moesch, a Subemenda nº 01 à Emenda nº 02 ao PLL nº 076/04. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) REJEITADA por 06
votos SIM, 11 votos NÃO e 02 ABSTENÇÕES.
Em votação a Emenda nº 04 ao PLL nº 076/04.
(Pausa.)
Solicito ao Ver. João Carlos Nedel que leia a
Emenda nº 04, de autoria do Ver. Ervino Besson, ao PLL nº 076/04. A Emenda nº
03 foi prejudicada.
O SR. 1º
SECRETÁRIO (João Carlos Nedel): Emenda nº 04 (Lê.): “Art. 1º - Acrescenta art.12-A
na Lei nº 3.187, de 24 de outubro de 1968. Art. 12-A - O requerente que
solicitar autorização para o exercício da atividade conhecida como
churrasquinho deverá apresentar certificado de que participou de palestra sobre
higiene e manipulação de alimentos, ministrada pelo órgão competente do
Município. §1º - O equipamento deverá funcionar com gás liquefeito de petróleo
- GLP - ou carvão, desde que os níveis de fumaça sejam mínimos. Justificativa:
trata-se de uma reivindicação da categoria, tendo em vista a necessidade da
criação de uma norma que permita o uso de carvão no preparo da iguaria, bem
como a necessidade de os assadores possuírem conhecimento específico para lidar
com o produto.” Assinado pelo Ver. Ervino Besson.
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação a Emenda nº 04 ao PLL nº 076/04.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA, com a abstenção do Ver. João Antonio Dib.
PLL nº 043/03.
A SRA. MARIA
CELESTE (Requerimento): Srª Presidenta, o Ver. Sebastião Melo não se
encontra no plenário, mas ele nos solicitou a retirada deste Projeto da ordem
de votação.
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação o Requerimento de autoria do Ver.
Sebastião Melo que solicita a retirada do PLL nº 043/03 da ordem de votação.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO pela unanimidade dos
presentes.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. N.º 1212/04 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 048/04, de autoria do
Ver. Aldacir Oliboni, que dispõe sobre a obrigatoriedade da instalação e
manutenção de aparelho desfibrilador cardíaco externo semi-automático em locais
públicos e privados com concentração de pessoas, no âmbito do Município de
Porto Alegre, do treinamento para ressuscitação cardiopulmonar e dá outras
providências.
Com Emendas n.ºs 01 a 06.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Nereu D’Avila: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 24-11-04.
- discutiram a matéria os Vereadores A.Oliboni, R.Carrion, L.Braz, C.Sebenelo, P.A.Leal, C.Carpes, S.Melo, Dr. Goulart e J.A. Dib, em 24-11-04;
-
adiada a discussão por uma Sessão.
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº 048/04. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação, com ressalva das Emendas. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, com voto contrário do Ver. João Antonio Dib.
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação a Emenda nº 01 ao PLL nº 048/04.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA, com abstenção do Ver.
João Antonio Dib. Declaro prejudicada a
Emenda nº 03.
Em votação a Emenda nº 02 ao PLL nº 048/04.
Solicito ao Ver. João Carlos Nedel que faça a
leitura da Emenda nº 02.
O SR. 1º
SECRETÁRIO (João Carlos Nedel): Emenda nº 02 (Lê.): “Altera a redação do caput do
art. 1º, dos incisos I e II, extingue inciso III e o parágrafo único, criando
os parágrafos 1º e 2º, nos seguintes termos: Art. 1 º - Os desfibriladores
cardíacos externos automáticos e semi-automáticos são equipamentos obrigatórios
no Município de Porto Alegre em: I - Prédios públicos ou privados onde haja
concentração superior a duas mil pessoas simultaneamente; II - Prédios públicos
ou privados por onde circulem mais de três mil pessoas diariamente. § 1º -
Estão compreendidos no inciso I e II deste artigo os aeroportos, shopping
centers, centros empresariais, estádios de futebol, hiper e supermercados e
casas de espetáculos, hotéis, universidades, clubes sociais e academias onde
haja concentração ou circulação de pessoas indicadas nos incisos deste artigo.
§ 2º - Ficam excluídos da obrigação de instalar os equipamentos nos primeiros
dois anos de vigência desta Lei os estabelecimentos classificados como pequena
e microempresa e as firmas individuais, independente da quantidade de pessoas
que freqüentem esses estabelecimentos. Parágrafo 3º - As quantidades de pessoas
indicadas no inciso I e II, para concentração e circulação de pessoas, é mera
indicação, podendo o Poder Público Municipal, quando da regulamentação desta
Lei, adotar outro critério”.
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação a Emenda nº 02 ao PLL nº 048/04.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA, com a abstenção do
Ver. João Antonio Dib.
Solicito leitura da Emenda nº 04, de autoria do
Ver. Aldacir Oliboni e do Ver. Beto Moesch.
O SR. 1º
SECRETÁRIO (João Carlos Nedel): Emenda nº 04 (Lê.): “Altera a redação do caput do art. 3º, extingue os incisos I,
II, III, IV e V, nos seguintes termos: Art. 3º - Os desfibriladores externos
automáticos e semi-automáticos deverão preencher requisitos gerais de
facilidade de operação, segurança para o operador e para o paciente,
portabilidade, durabilidade e manutenção mínima, de acordo com critérios
técnicos a serem definidos por ocasião da regulamentação da presente Lei”.
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação a Emenda nº 04 ao PLL nº 048/04.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA pela unanimidade dos
presentes.
Solicito leitura da Emenda nº 05, de autoria do
Ver. Aldacir Oliboni e do Ver. Beto Moesch.
Solicito leitura da Emenda nº 06 ao PLL nº 048/04,
de autoria Aldacir Oliboni e do Ver. Cassiá Carpes.
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação a Emenda nº 06 ao PLL nº 048/04.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA, com a abstenção do
Ver. João Antonio Dib.
Parabéns, Ver. Aldacir Oliboni.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N.º 1696/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 058/03, de autoria do
Ver. Elias Vidal, que
institui o Dia da Maratona Infantil de Combate às Drogas e pela Vida, a ser
comemorado, anualmente, no primeiro domingo de outubro. Com Emenda n.º 01.
Com Subemenda n.º 01 à Emenda n.º 01.
Pareceres:
- da CCJ. Relatora
Ver.ª Margarete Moraes: pela aprovação do Projeto e da Emenda n.º 01;
- da CEFOR. Relator
Ver. Professor Garcia: pela
aprovação do Projeto e da Emenda n.º 01;
- da CECE. Relator
Ver. Pedro Américo Leal: pela
aprovação do Projeto e da Emenda n.º 01;
- da COSMAM. Relator
Ver. Dr. Goulart: pela aprovação do Projeto e da Emenda n.º 01.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 04-08-04.
A SRA.
PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº 058/03, de autoria do Ver.
Elias Vidal.
Submeto à votação dos Srs. Vereadores o
Requerimento, de autoria do Ver. Elias Vidal, de dispensa do envio da Subemenda
nº 01 à Emenda nº 01 do PLL nº 058/03 às Comissões. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em discussão o PLL nº 058/03. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO pela
unanimidade dos presentes.
O SR. 1º SECRETÁRIO (João Carlos
Nedel): Quero
fazer uma consulta ao Ver. Elias Vidal. V. Exª está solicitando que o Dia da
Maratona Infantil de Combate às Drogas e pela Vida seja comemorado, anualmente,
no primeiro domingo de outubro. Mas no primeiro domingo de outubro, quando há
eleições, ficaria prejudicado e iria tumultuar a vida da Cidade, porque
coincidiria com as eleições. Eu consulto se a V. Exª mantém essa data?
A SRA. PRESIDENTA (Margarete
Moraes): Estão
suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se os trabalhos às 17h44min.)
A SRA. PRESIDENTA (Margarete
Moraes - 17h45min): Estão reabertos os trabalhos.
O Ver. João
Carlos Nedel vai repetir a leitura da Emenda nº 01 e, em seguida, ler a
Subemenda nº 01. Os Vereadores e Vereadoras ficarão melhor esclarecidos, pois a
Subemenda corrige essa questão. Primeiro a Emenda, depois a Subemenda e após
votaremos separadamente.
O SR. 1º SECRETÁRIO (João Carlos
Nedel): Emenda
nº 01 (Lê.): “Art. 1º - Fica instituído o Dia da Corrida Rústica Infantil de
Combate às Drogas e pela Vida, a ser comemorado anualmente no primeiro domingo
de outubro”. A Subemenda nº 01 à Emenda nº 01 (Lê.): “Altera a redação do art.
1º substituindo a expressão ‘no primeiro domingo de outubro’ por ‘no segundo
domingo de outubro’”.
A SRA. PRESIDENTA (Margarete
Moraes): Em
votação a Emenda nº 01 ao PLL nº 058/03. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA pela
unanimidade dos presentes.
Em votação a
Subemenda nº 01 à Emenda nº 01 ao PLL nº 058/03. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Estão
encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 17h47min.)
* * * * *